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Parar? Só em último caso!

Parar é uma palavra que mãe não conhece. Ou, se conhece, não usa. Contei essa semana aqui que Nina passou mal outro dia e que tive que buscá-la na escola. Contei também que cancelei reuniões e outras coisas que eu tinha planejado no dia. Só não contei que nesse mesmo dia, as 6h30 da manhã, eu tinha me submetido a uma cirurgia para retirada de mais um câncer de pele. E que, mesmo assim, estava cumprindo meus compromissos normalmente (embora com um curativo horroroso e um pouco de dor no local). E por que? Porque mãe só para em último caso!

Parar: é de comer?

Se você é mãe há de concordar comigo. A gente cuida de todo mundo. Mas cuidar da gente só em casos extremos. Só quando não tem mais jeito. Só quando não existe opção. Por isso que eu digo: “parar” é uma palavra que não existe no vocabulário das mães. A gente só para mesmo se for obrigada ou se alguém precisar da gente (especialmente nossos filhos). Caso contrário a luta continua. Chova ou faça sol.

Se mãe não fica doente? Até fica. Mas mães não costumam ter tempo de fazer repouso para se cuidar. É como se a gente não se desse ao direito de precisar descansar. A gente precisa cuidar da casa, dos filhos, do marido, do trabalho. A gente? A gente fica pra depois. Pra amanhã. Pro fim de semana. Pro mês que vem.

Entendedoras entenderão. A gente só faz uma pausa na rotina se não tem opção. E, não sei vocês mas, no meu caso, quando isso acontece, fico só pensando no tanto de coisa acumulada que vou precisar fazer quando melhorar. E fico arrependida de ter parado!
Que bicho doido é esse tal de “bicho-mãe”!

Pois nesse ano que ainda não chegou na metade pretendo aprender a parar. Pretendo aprender a dizer não. Pretendo assumir meu cansaço e minhas dores. E colocar minhas necessidades também entre as prioridades do dia. Quem sabe eu não consigo?

 

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