Sou imperfeita. Isso mesmo que você acabou de ler. Sou cheia de defeitos. Faço milhares de coisas erradas. E, desde que decidi assumir isso pra mim – e pras minhas filhas – sou mais feliz!

Imperfeita e feliz!

Eu bem que queria ser essas mães de comercial de tv. Sempre arrumadas, com as unhas e a escova sempre bem feitas. Mas, na maioria dos dias, o esmalte acaba descascando e a escova fica meia-boca.

Eu bem que queria ser a mãe que cozinha bem pra caramba e que faz todo mundo suspirar por um bolo ou uma comida especial. Mas, na maioria dos dias, meu bolo não cresce e minha comida é bem ok.

Eu bem que queria ser a mãe que deixa a casa brilhando e mantém tudo organizado mas, na maioria das vezes, eu deixo a bagunça pra um dia em que estiver mais disposta e varro a sujeira pra debaixo do tapete.

Eu bem que queria ser aquela mãe politicamente correta que sempre tem uma coisa a ensinar e uma palavra para acalmar. Mas, na maioria das vezes, falo palavrão e ameaço contar tudo pro Papai Noel se minhas filhas não obedecem.

É isso. Sou imperfeita. Essa é a mãe que elas tem. Essa é a mãe que eu sou. E tudo bem. Porque no meio da minha imperfeição estou dando o melhor de mim. Porque no meio da minha bagunça eu me acho. Porque no meio da minha confusão eu dou amor.

Tudo bem porque do alto dos meus 42 anos eu me aceito. Eu me divirto comigo mesma. Eu me amo.

Tudo bem porque eu dou risada dos meus erros e, assim, mostro pras minhas filhas que não temos que ser perfeitas. Temos que ser felizes. Do bem. Mesmo com todos os nossos defeitos.