A morte do pai
Desde que soube da morte do ator Domingos Montagner senti o que a maioria das pessoas sentiu: que a vida é um sopro, que temos que viver o hoje, que temos que aproveitar os momentos e as pessoas que gostamos como se não houvesse amanhã. Mas, como mãe, pensei principalmente na família que ficou, na esposa, nos filhos. Pensei em como contar para uma criança sobre a morte do pai.
Claro que as educadoras, psicólogas e professoras tem suas teorias, claro que a maneira como tratamos esse assunto depende muito da religião e da cultura das pessoas envolvidas nesse drama, mas estou falando de criança e uma tragédia. Não de teorias. Estou falando de ter que contar para seres em formação que o pai deles saiu pra trabalhar e NUNCA MAIS vai voltar. Que a partir de agora ele não vai mais estar lá pra jogar bola, andar de bicicleta, ir ao cinema. Que ele não vai mais ensinar a pescar, a dirigir, a fazer churrasco. Que ele não vai estar mais lá na formatura, quando o primeiro amor chegar, quando você quebrar a cara.
Não importa a fase da vida. Perder o pai é perder o norte. É perder o porto-seguro. É perder o chão. Mas quando a gente tem quatro, sete e onze anos dói bem mais. Dói porque não dá pra entender e nem aceitar, como nós, depois de adultos, tentamos fazer. Com essa idade a gente simplesmente não quer entender e nem aceitar nada. A gente quer nosso pai de volta e pronto! Dói porque ele estava saudável e, de repente, foi embora. Dói porque o papel dele é fundamental. Dói porque a gente descobre que ele não era um super-herói.
Do fundo do meu coração digo que sinto muito por todos os familiares e amigos que estão sofrendo com a morte trágica do ator. Mas, confesso, meu pensamento está em quem teve a tarefa de contar algo tão difícil para essas crianças. Que Deus tenha iluminado essa pessoa num momento dramático como esse. E que esses pequenos saibam lidar com a morte do pai.
Exato…que triste pensar nisso, né? Que a mãe tenha serenidade necessária para cuidar deles e de si mesmo!
Desejo do fundo do meu coração que essas crianças possam superar essa tragedia, não tiveram tempo nem de se despedir do pai, foi um tchau de quem iria voltar, mas não voltou. Mas com certeza terão todo amor do mundo pra passarem por isso, pelo menos boas energias e orações já estão tendo de todos nós.
Verdade, que dor imensurável…
Amém! Que a esposa do Domingos encontre a tranquilidade necessária para essa fase tão complicada!
Perdi meu pai a vinte anos e até hoje não superei a perda. E hoje me preocupo como será a vida da esposa Nessa nova caminha. Que Deus ilumine o caminho de cada um.
Só podemos pedir a Deus que dê forças todos os dias todos os anos pra estas crianças que vão ficar com esta ferida no coração pro resto da vida…
Amém! Só Deus nessa hora mesmo…bjo
Oi, querida! Meu pai é vivo, mas só de imaginar o que vc e essas crianças passaram me dá dor no coração…bjo
Perder um pai é uma dor impossível de descrever. Perdi o meu há 13 anos e ainda é difícil lidar com a saudade. Só Deus pra confortar essa família.
Você expressou meus pensamentos… Que o Senhor console esposa e filhos…