Ter um filho muda tudo!
Ter um filho muda tudo!
Você pode ser uma pessoa comum, como eu, ou ter sangue azul. Pode trabalhar como comissária de voo ou garçom. Pode ser um jogador de futebol, uma faxineira, um vendedor de loja. Não importa. Uma coisa é certa: ter um filho muda tudo! Não sei bem como acontece esse processo dentro da gente. Não sei em que momento exatamente deixamos de ser aquela pessoa que sempre fomos para nos tornarmos uma pessoa totalmente nova. O que eu sei é que é, de alguma maneira, nossa essência muda (junto com as prioridades e gostos). Eu, por exemplo, agora sou medrosa! Sim, eu sou essa pára-quedista que você vê na porta do avião prestes a se jogar de 9 mil pés de altura (sim, eu fiz curso e saltava sozinha). Mas que fique claro, isso foi beeeeeem antes de engravidar da Nina! Depois do nascimento dela o simples fato de ver essa foto até me arrepia!
Engraçado, mas uma entrevista que li hoje comprova que minha “teoria-da-mudaça-de-personalidade-pós-parto” não é exclusividade das mães. O príncipe William, segundo na linha de sucessão ao trono do Reino Unido, afirmou em entrevista que se tornar pai o deixou mais sensível. Garantiu que agora se emociona mais. Segundo o filho da princesa Diana, depois que George e Charlotte nasceram foi como se ele passasse finalmente a se dar conta do quão valiosa é a vida.
O príncipe também mudou depois do nascimento dos filhos!
É isso. Também fiquei mais emotiva e sensível, como ele. Também passei a dar mais valor às coisas pequenas como um amanhecer, uma tarde de sol, um sorriso, a vida em si. Aprecio cada vez mais os momentos em família, os dias com minhas pequenas, as noites que passo abraçadinha com elas na cama, antes de dormir. Mas fiquei com mais medo. Medo de perder tudo isso. Sinto um frio na barriga só de pensar em não estar presente nos pequenos e nos grandes momentos da vida das minhas filhas. Medo de faltar. Tenho medo de não poder ajudar, de não acompanhar. De morrer.
Acho que ter um filho (ou duas, no meu caso) faz com que a maioria das pessoas passe a ter medo de correr riscos. De se aventurar. De se jogar. Pelo menos na minha vida hoje tudo é mais planejado do que no passado. Mais pensado. Nada de saltar sem ter certeza de que vou chegar inteira no chão. Nada de viajar sem saber se vou voltar, como sempre fiz. Se tenho saudade da Patrícia pára-quedista? Muita, confesso! Mas a Patrícia mãe é infinitamente mais feliz e realizada do que aquela que curtia a queda-livre!! E a maternidade é a maior aventura que alguém pode experimentar! O que não falta é adrenalina!!!
Concordo que muda e não gostei nem um pouco dessa mudança! Me sinto limitado, preso a um sentimento, pressão da sociedade como um todo, e pressão própria, sinto falta de ficar sozinho me sentir sozinho e viver a vida como se a amanhã ela acabasse, a rotina é terrível. Amo meu filho mas não tento fingir que essa vida é uma maravilha pois não é, estamos apenas trocando no tempo em prol de outro ser humano, que em breve nos deixará e seguirá sua vida como nos fizemos um dia, o ciclo real da vida. Homem não costuma comentar essas coisas pois seriam crucificados, mas meus dois melhores amigos passam pelo mesmo rsrs. Enfim, essa é nossa realidade agora e devemos vivê-la ao máximo! Parabéns pelo blog!
A gente muda muito, né, Vanessa? E pra melhor, né? O amor faz um bem danado!! Bjo
Perfeito o seu texto, Pat!!! Me identifiquei totalmente!! É exatamente o que sinto!!
É isso! É um medo instintivo, irracional. Não dá pra explicar pra quem não tem filho…mas quem tem entende, né? Bjo grande
Com certeza! Essa parte aventureira de mim também foi parar em algum lugar, que ainda não encontrei, depois do nascimento do meu filho. Era das que adoravam montanha russa, esportes radicais, vida no limite, viajar sem ter rumo! Agora, só de dirigir por aqueles viadutos enormes aqui nos EUA tenho que ter um mega auto-controle, montanha russa e altura tenho até medo. Acho que é um medo natural mesmo, instinto, que se não estivermos aqui para a cria ela não sobreviverá! No fundo sabemos que sobrevivem sim, mas só Deus pra explicar mesmo.
Amém, Claudia!!! Também peço isso a Deus! Só quero tempo para curtir minhas pequenas e vê-las crescendo! Um bjo enorme e cheio de carinho pra vc!!
Oi Patricia, o que te faz tão especial é saber que você compartilha suas reais emoções. Suas palavras de tão sinceras, faz com que se aproxime não só de mim mas, todos que te acompanham… Sou mãe há 1 ano e 5 meses…e há pouco tempo passei por uma situação complicada e a única coisa que pensava era não chegar mais em casa, não colocar minha filha para dormir, não estar junto nos momentos fáceis e difíceis… Como vc diz, ter filho muda tudo! Só resta pedir muita saúde e proteção. Q Deus nos proteja para conseguirmos acompanhar por muito tempo a vida das nossas pequenas! Bjos e Feliz 2016!
Sei bem como é, Dri! Eu fiz uma cirurgia e precisei tomar anestesia geral ano passado…quase enlouqueci imaginando “e se eu morrer?”; “e se eu não voltar da anestesia”…aff! No fim deu tudo certo, mas super te entendo. Se submeter a algo assim por estética então…nem pensar!!! Eu também não teria coragem!!! Bjo
Oi Patricia,
Mais uma vez me identificando aqui com você!!!
Depois que me tornei mãe também morro de medo de morrer ou de ficar em falta com os meus filhos. Um exemplo que pode ser até engraçado, mas eu tenho medo de cirurgia plástica. Sei lá, de ficar invalida por um motivo de vaidade, ou até mesmo morrer. Me lembro que quando estava grávida do meu segundo filho eu pedia a Deus para me ajudar, que eu emagrecesse. Corri muito atrás e tenho certeza que ele me ajudou também, pois consegui emagrecer sem flacidez. Nem colocar silicone, pois me lembro que a maioria das minhas amigas faziam lipo e colocaram silicone. Não tenho nada contra quem põe, deixando bem claro. Apenas morro de medo de acontecer algo comigo e meus filhos sofrerem.
Engraçado isso, né!!!!
Doideira….
Kkkkkkkkkkk
Beijao……
Que bom que não sou medrosa sozinha e que não estou pirando!!! KKKKKKK! Mil bjos
A adaptação aqui não é fácil, Tati! Eu continuo trabalhando aí no Brasil (faço matérias para a Band, tenho blog e coluna na revista Crescer, apresento eventos como mestre de cerimônia para empresas brasileiras). Mas optei por viver aqui e viajar bastante para que minhas pequenas tivessem uma vida melhor e mais segura!!! Bjo
Que delicia de mensagem, cheia de amor, Dri! Adorei!!! E olha, quando chegar a sua vez vc vai ver quantas emoções vai viver!!! bojos e obrigada pelo carinho!
Não sei… adorava a Patrícia de 10 anos atrás, mas essa me parece ainda mais linda e especial!
Acho que também gostei mais!
Ainda estou um pouco longe de experimentar isso, mas me parece que a maternidade também é uma queda-livre, não? Tudo super intenso, sem saber onde vai dar, não tem volta, precisa encarar…
Enfim… só para os fortes! hehe (esperando chegar minha hora de ser forte assim! =])
Que a sua “queda-livre” de agora seja sempre cheia de emoção e alegria! Que seu coração possa bater mais forte muitas e muitas vezes a cada risada, festa das mães, “eu te amo”, bilhetinhos e tudo o que um filho sabe fazer de mais amoroso!
beijinhos, gente linda!
Adoro seu blog..vida real. Vocês são lindos…acredito q tbm seja dureza mesmo fora da zona de conforto.
Como são as oportunidades para trabalhar nos Eua levando os filhos?
Beijão
Hehehe adorei! Me identifico totalmente!
Bjos!