Tartaruga fujona e responsabilidade
Sei que vou sofrer bullying por estar compartilhando isso, mas enfim…o fato é que esse fim de semana tivemos visita em casa. Mais uma vez, a convite da escola, trouxemos um animal para casa. As meninas escolheram uma tartaruga. Um tartaruga veloz. Uma tartaruga fujona, melhor dizendo. Sim, deixaram a gente tomando conta de uma tartaruga e ela fugiu!!!
Tartaruga veloz???
Eu explico. Ela veio pra casa com a recomendação de ser solta uma vez por dia no jardim. No domingo acordamos e estava super frio. Mas estava sol. Nina decidiu então que ficaria no jardim com o bichinho para que ela e ele se esquentasse sob o sol. Achei fofo. Providenciei toalha pra ela sentar na grama. Água. Protetor solar para minha filha. E pedi uma única coisa: olho vivo, nada podia acontecer com a tartaruga. Pensando em como essa frase era encanação de mãe entrei para tirar a mesa do café da manhã enquanto minha filha e a tartaruga se aqueciam.
Ainda pensava na loucura que havia dito (afinal, o que poderia acontecer com o animalzinho no quintal?) quando Nina entrou esbaforida. O bicho tinha FUGIDO. Juro! Quase tive um ataque cardíaco de pensar em não encontro-lo mais, em como explicar para a professora, em como lidar com o sumiço. Acionei vizinhos. Iniciei uma verdadeira busca.
Foram 40 minutos em que minha filha chorava de um lado e eu me desesperava do outro. Tinha sido irresponsável por deixá-la solta lá fora. Nina tinha descumprido o combinado (do alto dos seus7 anos). Enfim, que situação. Enquanto tudo isso passava pela minha cabeça meu marido finalmente achou a tartaruga fujona. Estava no quintal do vizinho. E nós salvos.
O episódio foi suficiente para Nina aprender uma lição. Ter bicho é mais complicado do que parece. Já eu aprendi que nem sempre ditados populares são corretos. A tartarugas não são moles não! São muito mais espertas do que a gente imagina!