Descobri hoje um app assustador. Você responde a algumas perguntas (tipo o CEP da sua casa) e ele calcula quanto você precisa de dinheiro até seu filho se formar. Sim, ele calcula o “preço” dos filhos, digamos assim.

Preço salgado

Bom, como qualquer mãe doida que se preze baixei a ferramenta. Respondi a pesquisa…e quase me suicidei ao ver o resultado. De acordo com o app eu gastarei pouco mais de 2 milhões de reais com cada uma das minhas filhas. Oi? De onde vou tirar 4 milhões e meio de reais para que elas tenham acesso a saúde, educação e alimentação nos próximos anos? Sim, esse pode ser até o “preço”, mas só de pensar nele eu quase corro pra me jogar da ponte mais próxima. É muito dinheiro, gente!

Prefiro pensar no retorno desse investimento. No lucro diário. Prefiro pensar na montanha de amor que eu ganho. Na carga de emoção que sinto desde que elas nasceram. Na enxurrada de carinho e de sentimentos bons.

Prefiro pensar no que eu ganhei como ser humano. No que aprendi como mulher. No que descobri como mãe. Prefiro pensar nos abraços apertados, beijos molhados, sorrisos banguelas. Prefiro pensar na avalanche de afeto, na carga de emoção. É tanta coisa que eu nem sei mensurar. Ou melhor: o meu ganho não tem preço!

Como contabilizar cada “eu te amo” que recebo? Como somar os olhares apaixonados que ganho de Nina e Maitê? Como valorar coisas tão especiais e únicas, que não estão a venda em qualquer supermercado?

Como toda mãe tenho sim medo do futuro. Como toda mãe quero sim me organizar para dar pras minhas filhas a melhor educação do mundo, a infância mais bacana, as viagens mais incríveis. Mas acho também que o quanto isso vai custar não pode ser mais valioso do que outras pequenas coisas que não tem preço.