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Pergunta de criança: porque Natal uma vez por ano?

Pergunta de criança é sempre difícil de responder. Elas perguntam como é depois que a gente morre. Perguntam como entraram na nossa barriga. Perguntam por que existem outras crianças que passam fome. Por que existe guerra, gente má. Por que não podemos comer a sobremesa antes do jantar.

Pergunta de criança

Dessa vez a pergunta que fizeram parecia fácil de responder. Mas só parecia. Minhas filhas queriam saber por que só comemoramos o Natal uma vez por ano.

Claro que respondi que o Natal é mais do que um jantar caprichado, troca de presentes, amigos felizes, papai noel, perú. Claro que expliquei sobre o nascimento do menino Jesus, sem entrar muito na religião, até porque elas são pequenas.

Achei que estava arrasando quando, de repente, vi pelas carinhas delas que a dúvida persistia. Que o ponto de interrogação continuava lá. Que eu não tinha dado a resposta que elas precisavam para acabar com a questão. Mesmo assim insisti: “Entenderam?”. “Não”, foi a resposta, óbvio.

“Mãe, a gente quer saber por que só uma vez por ano tudo fica bonito assim na rua, por que todo mundo fica feliz nesses dias, por que todo mundo telefona pros amigos nessa época. Por que não pode ser assim sempre?”, continuaram. Ok, a pergunta não foi com essas palavras mas eu traduzo de um jeito que todo mundo compreenda! Rs!!

O que eu percebi na pergunta das minhas filhas era a curiosidade de entender porque o clima de Natal não acompanha a gente sempre, no dia-a-dia. Acho que na verdade elas queriam saber o motivo de não sermos gentis com todo mundo o ano todo, generosos no que diz respeito a gestos – e presentes – durante 365 dias. A pergunta delas vai além da celebração em si. É mais profunda.

Deu um nó na cabeça

Quando entendi o que queriam saber suspirei. Pensei numa boa resposta para não deixarmos nossas casas sempre enfeitadas, não fazermos doações pra quem precisa sem data específica, pra não sermos legais com todo mundo sempre. Infelizmente, como acontece muitas vezes, não encontrei, dentro de mim, uma boa resposta. “Não sei, meninas”, confessei. “Quando eu encontrar a vovó – minha mãe – vou perguntar isso pra ela também!”.

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