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Pais e filhos nos dias de hoje

Viajei uma semana a trabalho e, mais uma vez, choveram perguntas do tipo: “com quem você deixou suas filhas?”. E respostas do tipo: “com o pai delas, por que?”. Nada me irrita mais do que ter que explicar o óbvio. Nada me irrita mais do que ter lembrar as pessoas de que a relação pais e filhos nos dias de hoje vai muito além do que já foi no passado. Ser pai em 2016 é ter as mesmas tarefas que a mãe sim. E qual é o problema?

Digo isso porque sei que muitos pais da geração do meu achavam que a maioria das tarefas relativas as crianças eram responsabilidade da mãe. Principalmente quando ela era dona-de-casa e ele o provedor. Ok, nesse caso até concordo. É natural que a divisão de obrigações comida-banho-escola recaia mais sobre a mulher. Mas o fato é que em 99% das casas do mundo as mulheres também saem de manhã para trabalhar. E voltam a noite. Muitas vezes bem tarde. Em 99% das casas do mundo as mulheres dividem as contas com o marido. Muitas pagam a maior parte delas, inclusive. Em 99% das casas do mundo as mulheres estão tão sobrecarregadas quanto os maridos. Pais e filhos precisam se entender ou a mulherada vai pirar!!!

Agora me diz uma coisa, qual o problema do homem ajudar dando o jantar e o banho nas crianças se a mulher sai mais tarde do que ele do trabalho? Qual o problema dele ajudar na lição de casa dos pequenos, de fazer o café da manhã, de levar e buscar na escola? Qual o problema dele exercer o papel…de pai? Na minha casa, pelo menos, é assim http://familiamudatudo.com.br/um-paizao-de-verdade/!

Pais e filhos

Pais e filhos: uma relação diferente do que foi no passado

Pais e filhos: uma relação diferente do que foi no passado

Sim porque pai não é quem engravida a mãe. Pai é quem sabe o que fazer quando o filho fica doente, sabe o que ele gosta e o que precisa comer, sabe como passar cotonete, condicionador, sabe dar bronca quando preciso. Ser pai não é pagar a escola e o convênio médico. Ser pai é conhecer a professora, ajudar a estudar pra prova de matemática, dar o xarope no horário certo.

Engraçado como as pessoas ainda tem dificuldade de entender tudo isso. Ontem li uma reportagem da Folha de São Paulo que falou exatamente sobre esse assunto. Na matéria o repórter falou sobre a participação da psicanalista Lígia Terra no programa da Fátima Bernardes e sobre como ela defendeu o mesmo ponto de vista que o meu http://f5.folha.uol.com.br/televisao/2016/10/no-encontro-psicanalista-surpreende-com-resposta-sincera-nao-devemos-jogar-confete-nesses-pais.shtml

A pauta do programa eram pais que cuidam dos filhos. Diante de milhares de elogios a essas raras exceções, que deveriam ser regra, a especialista disparou: “Desculpe o que vou falar agora, não fiquem chateados, mas não acho que a gente deva jogar confetes nesses pais. Eles estão fazendo o que cabe a eles, porque as mães não recebem esse confete todo e estão lá todos os dias”.

É isso.  Se a mãe faz é normal, se o pai faz é um santo. Desculpe, mas penso completamente diferente. E meu marido também.

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