“Não, elas não são gêmeas”. Essa é a pergunta que mais respondo quando as pessoas veem Nina e Maitê juntas. Com um ano e cinco meses de diferença as duas tem quase a mesma altura, quase o mesmo peso, tem as feições muito parecidas e, some-se a isso tudo o fato de que minhas filhas usam roupas iguais na maioria das vezes.

Se eu tivesse que responder o motivo poderia dizer que é porque elas gostam, porque é prático (não tem briga porque uma está de rosa e a outra não), porque eu acho bonitinho. Mas a questão é: eu não preciso responder o motivo! Elas usam roupas iguais. Porque sim. Ponto final.

Onde é que está escrito que só gêmeos podem usar roupas iguais? Onde está escrito que irmãs não podem ter o mesmo gosto e querer colocar a mesma roupa? Onde está escrito que temos que explicar TUDO que fazemos como, por exemplo, o motivo de usarmos determinadas peças de roupa?

Julgue menos, apóie mais

Sempre questionei muito todos os julgamentos e, desde que participei da campanha da Crescer “julgue menos, apóie mais” http://familiamudatudo.com.br/julgue-menos-apoie-mais/, tenho ficado ainda mais alerta pra esse tipo de situação, tenho me incomodado mais com os julgamentos e me permitido, cada vez mais, ignorá-los.

No caso da roupa das minhas filhas decidi me fazer de louca. Quando alguém vê as duas de roupas iguais e pergunta “por que” eu simplesmente sorrio e digo “porque sim”. Aliás, “por que não” seria uma boa resposta também, estou bem pensando em variar!

Definitivamente entramos na era dos tribunais maternos. São tantos questionamentos, tantas explicações, tantas respostas que temos que dar que, muitas vezes, acabamos passando por mal educadas já que, simplesmente não aguentamos mais dar satisfação de tudo que diz respeito aos nossos filhos! Portanto, desculpe se eu fui grossa com você algum dia num elevador,  num parquinho, na praia. E, por favor, não me pergunte mais isso.