Odeio manipulação. Odeio quando as pessoas tentam me obrigar a fazer alguma coisa que eu não quero. E odeio que façam isso com qualquer pessoa que eu gosto. Me deixa doida! Pois e quando essa manipulação acontece dentro da sua própria casa? Pois essa é a minha realidade nesse exato momento. Nina, 7, está manipulando Maitê, 5, debaixo dos meus olhos.

Manipulação mirim

O plano foi descoberto no domingo. Maitê, inocente, me contou. Não estava dedurando a irmã. Achava na verdade que estava se dando bem. “Mãe, a Nina me disse que se eu quiser algo emprestado  é só arrumar a cama dela!”. Que tal? Manipulação infantil!!!

Fui questionar minha primogênita. “Que conversa é essa, Nina? Desde quando sua irmã precisa arrumar sua cama se quiser algo emprestado? E tudo que ela te empresta sempre? E tudo que faz por você? E o fato de ser sua irmã? Nada disso conta? Quer dizer que ela tem que “pagar”pra usar alguma roupa ou acessório cedo?”, perguntei.

Do auge de seus 7 anos Nina riu. Se achou esperta e engraçada. Não sabe nem o que quer dizer manipulação, mas sabe exatamente o que fez. Sabe que estava tentando se dar bem em cima da irmã menor. O problema é que a caçula idolatra ela, obedece qualquer coisa que ela sugira. E nem questionou não atender a ideia de Nina.

Detesto interferir. Adoro quando minhas filhas resolvem seus problemas sozinhas mas, nesse caso, achei que precisava tomar partido. Precisava defender minha menorzinha das “garras”da irmã. Espero apenas que elas aprendam a lição. Que Nina entenda que não pode fazer isso com ninguém. E que Maitê perceba que não precisa fazer escambo por nada na nossa casa (e nem na vida).

Na minha cabeça esses acontecimentos do dia-a-dia (que parecem bobagem) são muito importantes. São oportunidades de ensinarmos coisas essenciais para nossos filhos. São a chance de educar os pequenos para um mundo que não costuma perdoar erros.