Outro dia bati um papo com a mãe do Pedrinho e perguntei como ela se sentia. Ela disse que a palavra que a define é gratidão. Fiquei com vontade de chorar. Como alguém que tem um problema tão sério como o dela consegue sentir gratidão? Ela não sente medo, dor? Sente, claro. Mas, olha que lindo, acima de tudo ela é grata por ser mãe dessa criança tão especial.

Gratidão é palavra de ordem!

Desde desse dia eu penso nela todos os dias. Se imagino reclamar ou ficar chateada por algum motivo bobo lembro do que ela me disse (qualquer coisa diante de um problema de saúde de um filho é bobo, na minha opinião, especialmente quando estamos falando de um problema tão grande). Penso no quanto sou abençoada. No quanto sou privilegiada por ter filhas saudáveis, uma família unida, comida na mesa. Claro que nem tudo são flores. Mas o mais importante da vida está bem. E é isso que importa.

Coincidência ou não, ultimamente tenho recebido pedidos diários de ajuda a crianças com problemas de saúde. Em alguns casos não basta dinheiro. Algumas crianças precisam de orações. De boas vibrações. De coisas que o dinheiro não compra.

Sempre que recebo um pedido desses, especialmente quando o paciente é uma criança, faço questão de ajudar o máximo que puder. me coloco no lugar das mães. Imagino quantas delas moram no hospital. Quantas delas nunca viram os filhos correndo no jardim. Nunca puderam pular na piscina com os pequenos, ir ao cinema, andar de bicicleta com eles. Me parte o coração.

Sempre fui uma pessoa grata mas, nessas horas me sinto na obrigação de parar tudo que estou fazendo e sentir gratidão de verdade. Do fundo do coração. Agradeço a Deus pela saúde das minhas pequenas e por poder, de alguma maneira, ajudar essas mães que precisam tanto. Por isso, não se incomodem se, vez ou outra eu postar pedidos de ajuda financeira, de doação de sangue ou medula. É que eu acho que não é mais do que a minha obrigação!