Essa é a semana do Thanksgiving nos Estados Unidos. Semana da gratidão. Momento em que as famílias e amigos se reunem em volta da mesa para celebrar a vida. As conquistas. Tudo de bom que aconteceu. Acho que a melhor maneira de explicar essa celebração para quem não está aqui nos EUA seria dizer que a celebração do Thanksgiving é quase…como o nosso Natal! Pronto, é isso!

Claro, o evento tem suas peculiaridades. Os mais tradicionais fazem peru. Uma torta de abóbora. Purê de batatas. Tem toda uma tradição de cortar o peru. Mas o mais importante, na minha opinião, é mesmo o sentimento que essa data inspira: a gratidão. E isso é incentivado desde a infância, nas escolas.

Gratidão se aprende!

Minhas filhas, por exemplo fizeram um trabalho em que tiveram que dizer porque eram gratas. Nele algumas respostas foram fofas (“sou grata pela minha família”, “sou grata pela minha casa”). Outras foram engraçadas.

Mas o que importa é que elas tiveram a oportunidade de olhar para suas vidas e agradecer pelo que tem.

De minha parte ando fazendo o mesmo nos últimos dias. Agradecendo por cada conquista. Mas, engraçado…Tenho agradecido até pelos tombos que tenho tomado. Acho que a maturidade me fez aceitar cada um deles como necessário para que algo acontecesse. Olho pros meus erros com mais compaixão, sei lá. Não me cobro mais apenas acertos.

Talvez aos 43 anos eu esteja finalmente vendo o outro lado de tudo que acontece comigo. Não só o lado bom. Mas não só o lado ruim!!! Talvez a idade nos permita finalmente sentir gratidão pelo caminho que percorri até aqui. Mesmo cheio de tropeços, topadas e quedas.

É isso. Nesse dia tão especial eu só posso agradecer. Tenho uma família como todas as outras, cheia de defeitos, mas cheia de amor. Tenho amigos incríveis. Moro onde sempre quis. Trabalho com o que gosto. Tenho comida na mesa e roupa para vestir. É. Não preciso de mais nada.