Meu expediente começa todos os dias as 6h30. É a hora que as meninas acordam para ir para escola. É a hora em que começa o processo de lavar o rosto, escovar os dentes, pentear o cabelo. Que emenda no tomar café, escovar os dentes de novo, colocar o uniforme. Que continua no entrar no carro, ir para escola. Que tem sequência na minha chegada ao trabalho.

Durante o dia faço mil coisas. Participo de milhares de reuniões. E anoto coisas que não posso esquecer de comprar no supermercado. Penso no presente da amiguinha que faz aniversário no final de semana. Tento comprar pelo computador mais um par de meias para cada uma, um casaco quentinho porque na escola faz frio, um quadro para decorar o quartinho delas na casa nova.

Expediente de mãe não termina

O trabalho finalmente termina. A lista mental continua no caminho ate a escola. Não posso esquecer o brinquedo que Maitê pediu de aniversário. Nem de colocar na Nina a camisa vermelha por causa da excursão. Nem de comprar o sorvete de frutas que elas amam. De repente começa o processo entra no carro, reclama de fome e chega em casa jogando tênis no chão. E esse processo emenda no fazer jantar, dar jantar, brigar por causa do espinafre, negar a bala. Trocar o  espinafre pela bala.

Depois vem a hora do banho, do pijama, da historia para pegar no sono, da falta de sono, da briga para dormir. E o sono finalmente chega. Mas o expediente não acaba. Aí vem a hora de cuidar das coisas da casa, de dobrar a roupa, de descongelar o jantar de amanhã. Hora de colocar em prática a lista mental, de cuidar do marido. Vem a hora de fazer jantar de novo, de comer, de tomar banho, de sentar para ver 2 minutos de filme antes de finalmente desmaiar torcendo para que a noite seja longa o suficiente para descansar.