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Cesárea humanizada, conhece?

Descobri hoje que tive cesárea humanizada. Uma não. Duas. Nina e Maitê vieram ao mundo graças a esse procedimento. Do que se trata? Qual a diferença com relação a cesárea comum? São muitas, na verdade.

Cesárea humanizada

A cesárea humanizada, antes de mais nada, só é feita em casos de real necessidade, para salvaguardar a mãe e o feto. Nesse tipo de procedimento a mulher está sempre acompanhada do pai ou familiar no centro cirúrgico e é informada pelo médico sobre tudo que está ocorrendo. Caso ela queira, inclusive, os campos cirúrgicos podem ser abaixados para que seja possível ver seu bebê nascendo.

A criança é retirada com calma. O cordão umbilical não é cortado imediatamente, os médicos esperam parar de pulsar. Mãe e filho ficam juntos após o parto e a mulher é incentivada a amamentar pela primeira vez ali mesmo.

Resumindo: pelo que entendi ao pesquisar o assunto a cesárea humanizada nada mais é do que uma cirurgia que pretende ser o mais próximo possível do parto normal, desejo da maioria das mães. Eu mesma fiz de tudo para que minhas filhas viessem ao mundo de parto normal. E nesse tudo inclua desde meditação e ioga a repouso absoluto, alimentação controlada. Mas não deu. Elas não ficaram na posição certa. Eu perdi líquido amniótico. Entre outras questões que não vem ao caso.

Durante muito tempo, como muitas mulheres, eu sofri quando me perguntavam se meus partos tinham sido normais. Era como se o fato de ter precisado de cesáreas me fizesse menos mãe. Soava como egoísmo. Como má vontade. Me deixava triste. Hoje descobri que nos meus dois partos fizemos o mais próximo possível do meu sonho. Fizemos a cesárea humanizada.

Minhas filhas não nasceram antes do tempo por capricho do médico nem meu. Não foram arrancadas de dentro de mim. Não teve nada de mecânico no nascimento delas como muita gente pensa quando o assunto é cesárea. Foi tudo com o maior amor do mundo para que nem elas e nem eu sofrêssemos ou nos arriscássemos.

Minha experiência

É isso. Não foi normal. Mas a reportagem que me tirou um peso dos ombros. Por alguns instantes lembrei que esperamos as duas mostrarem, pelos exames, que estavam prontas. Lembrei de ir para a sala de parto de mãos dadas com o Gui (e de permanecer assim durante todo o tempo). Foi como se ouvisse de novo meu cunhado, que é médico e participou do parto, chamando as duas pelo nome durante todo procedimento, como que pedindo para que saíssem. Lembrei que ouvi o obstetra me contar o que estava acontecendo minuto a minuto. Está tudo muito claro ainda na minha memória…até o momento em que escutei o primeiro choro. Até o momento em que colocaram as duas no meu colo!!

Nos dois casos parece que o tempo parou. Éramos só nós. Eu e minhas filhas. Abracei. Beijei. Amamentei as duas ali mesmo, do jeito que dava. Naquele momento nada mais importava. Se alguém me perguntasse se eu tinha tido cesárea comum, humanizada ou parto normal eu nem saberia dizer. O mais importante é que meus bebês e eu estávamos saudáveis!

Mãe é mãe

De qualquer maneira repito: hoje, lendo sobre a cesárea humanizada, gostei do que vi. Achei legal esse cuidado por parte de alguns profissionais da saúde, como os que fizeram meus dois partos. Mais do que isso: achei importante compartilhar com vocês essa descoberta, já que nem todo mundo pode ter parto normal e muitas mulheres sofrem por isso. Se é seu caso não sofra, minha amiga. O mais importante não é o método. E você, melhor do que ninguém, sabe disso.

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