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Burca é questão cultural

A mãe de uma das alunas da classe da minha filha mais velha usa burca. Uma burca bem tradicional. Daquelas que tornam possível ver apenas os olhos de quem a veste. E olhe lá. Nada mais que isso. Todos os dias, quando vou buscar minhas filhas na escola, cruzo com ela. E tudo bem, porque não tenho nada a ver com isso, embora me dê arrepios imaginar o calor que ela deve sentir no calor da Florida. Mas o que chama a minha atenção não é a minha maneira de lidar com o assunto. Mas como minhas filhas reagem a burca.

Burca

Minha caçula Maitê, ao entrar no carro, disse achar a mulher linda com aquele vestido longo e tão comportado. Nina foi ainda além. Apesar de cruzar com essa mãe todos os dias, como eu e a irmã, ela disse a seguinte frase para comentar o que a irmã disse: “não reparei em nada de diferente nela mas, olhando bem, também achei bonito.”

É isso. Nenhuma das minhas filhas ficou reparando na mãe da amiga e, muito menos se incomodou com a peça de roupa. O preconceito, definitivamente, passou longe das duas. E poucas coisas me dão mais orgulho do que ver isso acontecer.

Minhas filhas estão crescendo num mundo tão complicado, tão cheio de ódio, que o que eu mais espero é que elas sejam parte da transformação que a gente espera ver no futuro. Espero ver um planeta mais pacífico. Com mais amor, mais tolerância. Menos julgamento.

Onde a cultura das pessoas não incomode. Não gere brigas nem conflitos. Onde a paz reine embora cada um pense de uma maneira. Porque é isso. Ninguém precisa pensar como o outro. O que todos precisam é respeitar o que o outro pensa. Não é nem questão de aceitar. É questão de entender que cada um tem direito a seu espaço. E ponto final.

 

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