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Quando um filho se perde no parque…

Se você brinca dizendo que tem mini-ataque cardíaco quando perde o celular melhor pensar numa sensação pior: hoje eu vou falar de quando um filho se perde no parque. Ataque cardíaco completo é pouco. Acho que é quase como ver o mundo desabar. Acha exagero? Talvez porque você nunca tenha passada por isso. Eu passei. E posso dizer: foi o pior pânico da minha vida.

Durou cinco longos minutos. Eu estava com Nina e Maitê na entrada de uma tirolesa de criança e o pai na saída, para pegá-las quando chegassem lá. Quando chegou a vez da Maitê Nina decidiu não ir mais e saiu correndo, ao encontro do pai. Foi o tempo de eu dizer “não”e olhar pra trás. Nina tinha sumido. Tirei Maitê do brinquedo e fomos atrás dela, certas de que ela tinha encontrado o Guilherme na saída. Nada. Onde ela estava????

Enquanto meu marido falava com a segurança do parque eu tentava procurar por ela sozinha. Não me conformava. Fiz o mesmo caminho 35 vezes em questão de segundos, gritei o nome dela como uma louca. Chorei. Era domingo, férias de verão, o parque estava lotado. Mil coisas passaram pela minha cabeça. Será que ela tinha se perdido? Será que alguém tinha levado minha filha de mim? Será que ela tinha se machucado? Quase enlouqueci. Parecia uma eternidade.

De repente, vejo o Guilherme vir ao meu encontro de mãos dadas com ela e a Maitê. Ela tinha se perdido e estava com medo. Mas eu estava tão desesperada que fiquei cega. Dei bronca, “fiquei de mal”, prometi castigo caso ela se afastasse de nós de novo e saísse correndo sem avisar como tinha feito. Pra encerrar resgatei aquele papo do “homem que rouba crianças” (me julguem!!).

Quando o nervoso passou decidi conversar com ela com calma, mostrar o perigo que tinha corrido. Falei do medo de ficarmos sem ela, de como a gente a ama. Liberei do castigo, parei de brigar. Mas o “homem que rouba crianças” eu mantive. Primeiro que isso existe mesmo e segundo que foi a única coisa que a fez ficar com medo de verdade. E, nesse caso, acho que o medo é bom. Ah! Já providenciei pulseiras com nomes e nossos telefones pras duas e até descobri uma tatuagem a prova d’água pra fazer (no site http://www.safetytat.com). Todo cuidado é pouco.

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16 Discussions on
“Quando um filho se perde no parque…”
  • Gente imagino seu desespero!
    Sempre que viajamos para Orlando fazemos essa tatuagem que não sai na água com nome e telefone. que bom que deu tudo certo!!! ufa

  • Perdi meu filho durante cinco intermináveis minutos em uma loja de departamentos. Nesses longos minutos sai gritando como uma doida, depois rolou tb todas essas ameaças de castigo e de gente que rouba crianças.Ser mãe é muito doido mesmo.

  • Paty, aconteceu comigo também, quase surtei, e no reencontro eu nao consegui brigar so o abracei muito, depois rolou a conversa seria, com direito a “homem que rouba menino” e tudo mais. Aconteceu mais uma vez numa loja de departamento, e ai enlouqueci pedi pra fechar a loja e comecei a procura-lo , depois de longos 2 min mais ou menos o encontraram escondido, disse que estava brincando de se enconder !! Dessa vez teve castigo e muita bronca!!

  • Só quem passou sabe o que é, são 5 min mas que parecem uma eternidade!!!!! Perdi meu filho na epoca ele tem 6 anos( hoje com 10) no Magic Kingdown, usei as mesmas táticas que vc, que existem pessoas que roubam, e isso existe mesmo, hoje como moramos aqui e vamos para parques com uma certa frequência sempre paramos o carro no Vallet e sempre digo se vcs se perderem vão até o Vallet que nos encontramos lá, é uma forma que pelo menos eles sabem onde fica e que me trás uma certa tranquilidade. Meus filhos tem 12,10 e 6 anos.

  • Boa dica! Eu nem sei pq falo o “homem” que rouba. Mas, diante do que vc disse, hj vou explicar que mulheres e pessoas mais jovens ou mais velhas tb podem fazer isso! Obrigada!! Bjs

  • Oi Patricia!! Imagino seu desespero…tenho uma princesa de 6 anos e adora ir nos parques! Adorei a dica da tattoo…ja vou providenciar!! Agora compartilhando uma dica…tb digo q pode ser roubada sim…mas não digo só que homem rouba…digo q existem pessoas más q roubam crianças…q pode ser homem, mulher, pessoas mais velhas… Grande bj!

  • Sei bem o que é isso e não é exagero não! Uma vez perdi minha filha de vista no Aquatica. Foram poucos minutos, que pareciam uma eternidade! Passaram mil situações na minha cabeça, fiquei pálida, acho que minha cara estava tão desesperada que uma funcionária do parque veio me oferecer ajuda, mas, graças a Deus, ela apareceu com a carinha mais inocente do mundo, dizendo que estava no brinquedo do lado! Quase tive um treco e reclamei com ela! Acho que essa é a reação “normal” de uma mãe diante de uma situação dessa, depois, quando a cabeça esfria, a gente percebe que exagerou um pouco, rsrsrs

  • Eu já tive uma amostra disso, e estava grávida de 7 meses da minha segunda filha. Não pari pq Deus me amparou. Minha filha estava na rua da minha casa com minha mãe, q conversava com a vizinha. Outra vizinha adolescente brincando com minha filha e minha sobrinha “resolveu” levá-las para passear sem avisar minha mãe ou a mim, q no caso estava chegando do trabalho. Eu fiquei louca, minha cidade é pequena, mas ela saiu andando com as meninas para uma praça longe q tinha parquinho. Eu fiz a mesma coisa q vc, briguei, zanguei, explodi com minha filha, detalhe: de 4 anos e só não bati na adolescente, pq me tiraram da frente dela. Tenho pânico qdo escuto esses avisos q uma criança se perdeu. Ainda hj falo q existe homens/mulheres q pegam crianças. Não te julgaria nunca!!!

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