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Pequenos cidadãos do mundo

Se alguém me perguntasse hoje como são os pequenos que mudam de país eu diria que são cidadãos do mundo. São pessoas mais desapegadas. Menos enraizadas. Que se despedem mais fácil. Que se acostumam mais rápido. Que estão prontos para encarar qualquer novidade sempre. Que não se assustam com mudanças.

É isso. Acho que o maior aprendizado que um pequeno leva para a vida depois mudar de país é aprender a gostar das mudanças. Saber que elas podem ser pra melhor. Saber que a gente sempre se acostuma com as coisas que vem pela frente, embora a gente nem saiba do que se trata, muitas vezes.

Pequenos desbravadores

A criança que enfrenta uma experiência como essa fica menos ansiosa. Vive mais o hoje. Se incomoda menos com o que deixou pra trás. Quer conhecer mais gente, mais lugares, ter novos contatos. Não fica insensível, mas lida com os sentimentos de uma maneira diferente.

Rola saudade dos que ficam, claro. Mas ela não faz sofrer porque quem mora fora aprende a conviver até com o que não é tão bom. Com a ausência. Com a falta de contato. Com a distância. Os pequenos aprendem rápido que num dia a gente chega e que no outro vai embora. Simples assim.

Acho que quem passa por isso fica, de alguma maneira, mais forte, mais preparado para a vida. Mudar de escola é bolinho depois de mudar de país. Mudar de casa nem se fala. E se rolar mais uma mudança de volta para o país de origem ou para outro lugar ok também. É só fazer as malas e seguir pro aeroporto, sem olhar pra trás.

E vale dizer que essa mala fica mais vazia a cada mudança. Porque a gente percebe desde pequeno que o que é mais importante não cabe na mala. Vai de mãos dadas com você, vai dentro do peito, no coração.

 

 

 

 

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