Medo: nossa família no furacão
Ontem foi um dia estranho. Nossa família no furacão. Nunca imaginei passar por isso. Ficamos o dia todo nos preparando para algo (que poderia ser terrível, já que a tempestade era considerada a pior em 10 anos) previsto para chegar a noite. Na TV o cenário era o pior possível. Pelo celular as mensagens da prefeitura vinham carregadas de pânico. A Disney anunciou que fecharia os parques (quarta vez na história). O presidente Barack Obama declarou estado de emergência no país. Como lidar com a ansiedade e o medo? Pior: como não deixar as crianças tensas?
Sim, eu sabia que a temporada de furacão aqui na Flórida se estende todos os anos de agosto a novembro. Sim, eu sabia que isso poderia acontecer a qualquer momento já que moramos aqui. Sim, a gente sempre pensa que isso nunca vai acontecer com a gente. E, de repente, não mais que de repente, estamos no meio do caos, no olho do furacão (pra ser mais específica!!!), como contei aqui http://familiamudatudo.com.br/furacao-matthew-esta-chegando-perto/
O desafio maior ontem foi não nos deixar contaminar por tudo que estávamos vendo ao nosso redor. Mas foi difícil http://familiamudatudo.com.br/furacao-pais-e-filhos/. As nove da noite, horário que tinha sido anunciado como o momento que o Matthew se aproximaria de Orlando, estávamos em frente a TV sem piscar. Já as meninas foram felizes para o “acampamento” que montamos no corredor (conforme orientação pra não ficar perto de janelas)! Como é bom ser criança e não ter a real noção da dimensão das coisas, né?
Nossa família no furacão… e no meio da noite
A meia-noite, mesmo sem sono, decidimos que era hora de tentar descansar. E quem dorme em meio a toda essa tensão? Pra piorar Nina estava com tosse e não parava quieta. Era um tal de xarope, água, termômetro que parecia não ter fim. Teve. Enfim, dormimos. No meio da madrugada um assobio alto: era o furacão chegando. As janelas tremeram um pouco, a chuva apertou. As meninas nem se ligaram, mas nós dois acordamos e, em silêncio, assistimos a força da natureza. Não demorou muito e tudo se acalmou. Voltamos pra cama. Nina e Maitê nem se deram conta do que estava acontecendo. Que bom!
As sete horas as duas vieram pra nossa cama e perguntaram: e o furacão? Já tinha passado. Ufa! Enfrentamos mais uma experiência juntos!! Nossa família no furacão! Graças a Deus tudo terminou bem.
Ana, é vc??????
Com certeza! Mas que bom que tudo não passou de um susto e que bom que a minha família (e as demais aqui de Orlando) não passaram mais do que um susto. Tanta gente perdeu a vida na passagem desse furacão,né? Uma tristeza…
Nossa, nada nos assusta mais do que ver a família em risco. Deus acima de tudo! Saudades…
Ai que fofa! Fala pra Isa que não tivemos problema na nossa casa, pra ela ficar tranquila. E diga que da próxima vez baixamos aí! Rs!! Bjs
Obrigada pelo carinho e pela preocupação com a minha família! beijos
Graças a Deus , vcs estão bem…não conheço vcs pessoalmente, mas fiquei preocupada !!! Deus abençoe e guarde vc e sua família!!! Linda por sinal!!!!
esqueci de te falar: minhas filhas perguntaram se sua casa foi atingida…rsrsrsrs, ficaram preocupadas, segundo Isabela vc deveria ter vindo pra cá e ficado até o furacão ir embora, aí vc voltava. Se houver uma próxima vez (tomara que não!!!), fica a sugestão tá…
Muita gente aqui no Brasil fica criticando a postura das autoridades americanas em relação à catástrofes assim. Imagino que ouvir tanta coisa notificada com urgência cause muita tensão, mas antes vc se preparar para o pior e acontecer o menos pior. Saber que a gente tem chance em meio de uma situação em que o controle não está em nossas mãos alivia o momento. Aqui não temos furacão, terremotos, mas tem as chuvas que causam estragos todos os anos, enchentes e enxurradas e não temos planos de emergência, locais certos para abrigos. Quem sabe um dia né…
Graças a Deus estão bem, muito triste tudo isso..