Conheci o meu namorado em 2007. Na verdade a gente já tinha se visto muitas vezes antes. Fizemos faculdade na mesma época. Moramos na mesma cidade. Frequentamos o mesmo clube. Mas só conversamos pra valer quando nos encontramos na Band.

De cara percebi que éramos muito diferentes. Ele sonhador. Eu super pé no chão. Ele tranquilo. Eu intolerante. Ele apaziguador. Eu briguenta. E, mesmo assim, era gostoso ter ele perto de mim. Bater papo. Rir de qualquer besteira. A amizade foi crescendo rápido. Mas nunca imaginei, pelas diferenças, inclusive, que ele viria a ser meu namorado.

Meu namorado!!

Um belo dia nossos anjos da guarda deram o empurrãozinho que faltava. Fomos escalados para cobrir uma micareta em Natal. Era o que a gente precisava para começar a entender que ser diferente podia ser legal. Que um podia complementar o outro. Que tínhamos muito mais em comum do que a gente imaginava.

Mas ainda não estávamos prontos. Precisávamos de mais alguns meses. De mais alguns encontros. De centenas de mensagens e ligações. E, finalmente, precisávamos de um carnaval de Salvador para abençoar nosso amor.

E assim foi. Em 2008, em meio aquela multidão do circuito Barra-Ondina, eu não conseguia desgrudar os olhos dele e nem ele de mim. Trabalhando ou não estávamos sempre juntos. Até que decidimos ceder. E nos apaixonamos ainda mais.

Ao contrário do que muita gente pensava, o “amor de carnaval” subiu a serra. Foi pra capital. Gerou duas filhas lindas. E hoje continua, mesmo a 9 mil quilômetros do Brasil.

No dia-a-dia nem sempre as coisas são tão coloridas quanto no início, claro. Temos nossos dias de quarta-feira de cinzas. Nossas noites de ressaca. Mas o mais importante, o que nos une de fato, continua intacto.

Continuo vendo nele o meu equilíbrio. A minha paz. O meu porto-seguro. E ele vê em mim a agitação. A maluquice. A diversão. A bagunça. A festa. Feliz dia dos namorados, meu amor!