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Honestidade e crianças pequenas

“Estou bonita?”, pergunto. A resposta é rápida: “Médio”. E ela vem, cheia de honestidade, de alguém que tem sete anos. De alguém que ainda não aprendeu a mentir, nem que seja pra agradar o outro. De alguém que diz o que pensa. Não achou bonita e pronto. Ponto final. E eu que durma com esse barulho. Ou com toda essa honestidade.

Honestidade em primeiro lugar

A conversa acima aconteceu numa manhã comum. Na verdade numa manhã em que eu acordei me achando gata. Dormi com o cabelo molhado preso a um elástico e, um passe de mágica, acordei cheia de ondas nos fios – normalmente lisinhos. Foi incrível. Amei soltar e ver no espelho aquele cabelo volumoso, igual comercial de shampoo. “Nem preciso pentear”, pensei. “Que pena que não é sábado a noite”, viajei.

E os devaneios continuavam. Até que de repente, não mais que de repente, Nina entrou no banheiro. “Nina, mamãe esta bonita hoje?’, me arrisquei. “Médio”, respondeu sem dó nem piedade. Sem vergonha. Com honestidade de quem tem 7 anos e diz o que pensa de verdade.

Por um lado achei lindo ela dizer o que acha. Sem rodeios. Com toda verdade do mundo. Penso em como seria bom se todo mundo fosse assim. Ou não. Penso que, às vezes, é melhor deixar a outra pessoa se achar bonita, ficar feliz. Dar uma “mentidinha do bem”, sabe como é? Por outro lado criança é criança. E é bom por isso mesmo. Ou seja, sei lá o que pensar…

Decidi apenas pentear o cabelo. E não tocar mais no assunto. Eu estava me achando bonito e era isso que importava. Claro, a opinião das minhas filhas tem seu valor mas, mais do que isso, eu estava me sentindo bem e queria continuar assim. Filha, a mamãe te ama. Mas eu preciso me amar também!

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