Quando eu era pequena sofria na escola por ser baixinha. A menor da classe. A menor do ballet. A menor na aula de ginástica. Meu irmão sofria por ter os dentes da frente maiores que os demais. Minha amiga por ser gordinha. Minha vizinha por usar óculos. E por aí vai. Mas hoje os problemas são esses e outros. Muitos outros…quem tem filhos vai me entender…não importa a idade deles o problema hoje se chama: INTERNET.

Filhos e internet…que dor de cabeça!

E se você tem filhos pequenos e pensa que isso é coisa de adolescente que sofre bullying nas redes sociais melhor ler esse texto. O buraco é mais embaixo. E começa mais cedo do que você imagina. Veja esse exemplo. Sábado fui a um evento de Food Truck, no meu condomínio. Chegando lá as meninas se enturmaram fácil, afinal estavam entre vizinhos, colegas de escola, conhecidos da rua.

Estava tudo aparentemente tranquilo até meu marido e um casal de amigos que estavam conosco irmos buscar comida. Ao voltar encontramos Nina chorando, arrasada. “Um menino me filmou com o celular e disse que vai colocar no youtube. Eu pedi pra ele não fazer isso e ele disse que já tinha feito e saiu rindo”, se lamentou enquanto as crianças que estava perto confirmavam a historia.

Era um problemão? Não. Nina estava vestida como criança. Não havia nada de sensual na roupa dela. Mas as imagens incomodaram minha filha e isso tornava uma bobagem uma coisa séria sim. E ponto final. Fui ao encontro do menino. Do auge dos seus seis anos ele me respondeu que tinha feito sim vídeo e que publicaria com certeza no youtube. OOOOOIIII? “Ah, só um minutinho…” Não tive dúvidas. Lancei mão do telefone e apaguei todos os vídeos que ele tinha feito da minha filha.

Assim que terminei minha missão devolvi o aparelho para o menino, que me olhava com cara de pavor, e fui ao encontro da minha filha, que me esperava como quem espera um soldado que volta da guerra. Fiz certo? Não sei. Mas fiz o que meu coração mandou. Confesso que não sei lidar com os problemas dessa geração…