Fantasia infantil não!!!
Essa é a novidade na minha casa. Nina e Maitê decidiram que não querem mais usar nenhuma fantasia infantil. Tiraram todas as fantasias de princesa dos armários no fim de semana. “Não usamos mais isso”, decidiram. Fiquei dividida.
Fantasia infantil: sim ou não?
Parte de mim comemorou. Fantasias são caras, juntam pó e ocupam lugar no armário já abarrotado de vestidos, blusinhas, saias. Finalmente não vou mais ter que explicar porque não quero que elas vão a um casamento de uma amiga minha vestidas de Ariel ou de Branca de Neve, mesmo achando fofo. Não vou mais ter que costurar as peças que, por serem tão frágeis exigem retoques quase que diários (isso é de propósito para a gente viver comprando fantasias infantis?).
Por outro lado parte de mim chorou. Quer dizer que não vou mais ter a companhia da Cinderela no supermercado? Não vou mais acordar com Moana e Elsa pulando na minha cama? Não vou mais ter que explicar que não se entra na piscina e nem se dorme com essas peças? Pior: quer dizer que elas não querem mais ser princesas? Não acreditam mais na fantasia, na ilusão da vida perfeita, do príncipe encantado, do castelo?
Como assim??
Resolvi tirar essa história a limpo. Nina, prestes a completar 8 anos, parece realmente não achar mais graça nas peças. E nem nas princesas em si. Acha legal quando as encontra no parque e até pede pra tirar foto, mas não tem mais aquela adoração de antes. Está dividida entre ser criança e ser pré-adolescente e ter fantasias infantis no armário quase que a prende no mundo dos pequenos.
Já Maitê vai na onda da irmã. Até gosta das fantasias. Até acredita nas princesas e sonha com o mundo mágico delas. Mas se a irmã que ela tanto admira diz que não quer mais as fantasias está decretado o fim das peças que, desde que ela nasceu, eram as preferidas.
E assim, com decisões simples, elas vão me mostrando que estão crescendo. Vão me alertando que, em breve, não terei mais crianças em casa. Que eu tenho que me preparar para dar adeus a uma fase linda, lúdica e que vai me deixar cheia de saudade.