Ver os apps que as crianças baixam no celular. Vigiar o tempo que ficam no aparelho. Bloquear download de certos conteúdos. E até descobrir a localização dos filhos com um clique, a qualquer momento do dia. Se por um lado parece maluquice, por outro poder fazer isso facilmente é uma super novidade. Pois essas são algumas funções do Family Link, polêmico aplicativo lançado ano passado pelo Google nos EUA que acaba de chegar ao Brasil.

Family link

Se por um lado o Family Link é assim…quase a realização dos sonhos dos pais (!!), por outro ele gera debates. Muitos especialistas acham que esse tipo de controle impede a criança de crescer. De errar. Gera uma paranóia. Uma vigilância excessiva. Quase que uma censura. O Google, no entanto, se defende dizendo que a responsabilidade no uso da internet pelas crianças é uma tarefa compartilhada com os pais.

Enfim, acho que esse papo dá muito pano pra manga, mas vou falar como mãe que sou e criança/adolescente que fui. Como mãe achei a iniciativa incrível. Nada como evitar que as crianças baixem determinados apps, que naveguem usando palavras como “pornografia”, por exemplo. Acho que essa ferramenta é uma das poucas coisas que vem a nosso favor quando o assunto é tecnologia/celular.

Como criança/adolescente que fui acredito que ficaria brava com uma invenção como essa na minha época, com certeza. Iria xingar, espernear. E não iria adiantar nada. Meu pai e minha mãe usariam o Family Link do mesmo jeito para evitar que eu fizesse besteira. E eu, no futuro, agradeceria por isso. Como faço hoje quando estamos juntos.

Na minha época não existia nada disso, é verdade. Mas meus pais me monitoravam sempre. Íam me buscar nas festas. Controlavam meu horário de chegar em casa. Ouviam com quem e o que eu falava no telefone (fixo). Proibiam determinadas amizades e programas. E graças a isso tudo sou quem sou. Limite e canja de galinha, cá entre nós, nunca fizeram mal a ninguém. Especialmente se forem na medida certa e com o objetivo de cuidar da gente!