O tempo passa e eu não mudo. Sofro mais do que as meninas. Pra mim dia de vacinar é dia de choro. Claro que sei que tem que vacinar, que é importante e blá, blá, blá…mas vamos combinar que não é nem um pouco gostoso segurar seu filho bem forte enquanto ele tenta se soltar e olha nos seus olhos pedindo pra você deixá-lo ir. Dramática eu, né? Mas é essa cena que eu vejo na minha cabeça cada vez que levo as meninas para tomar vacina!!!

Em maio do ano passado, antes de nos mudarmos para os EUA, Nina e Maitê fizeram todas as vacinas possíveis e imagináveis. Eu pensei que estaria tranquila até junho/julho deste ano, que é quando pretendemos levá-las ao Brasil para matar a saudade dos amigos e família e para ir a nossa pediatra de confiança. Mas essa semana veio um pedido da escola americana para que eu regularizasse a carteirinha de vacinação da Maitê. Falei com a minha pediatra no Brasil por whatsapp e ela me garantiu que não tinha urgência, que as vacinas poderiam ser feitas depois (algumas até ela fazer seis anos de idade). Mas a escola foi irredutível. Não teve conversa.

Enfim hoje foi dia de levar minha bebê (!!!!) no médico logo cedo. Até a hora da agulha propriamente dita ela estava tranquila…e eu também. Mas foi a enfermeira passar o algodão no bracinho pra eu e ela começarmos a sofrer!!!

E a carinha de sofrimento antes da picada????

“Em qual braço você quer que eu dê primeiro?”, perguntou ela com pouca paciência. “No meu”, brinquei. Sem dar muita bola e nem esboçar um sorriso pra acalmar a gente (sim, eu fico nervosa e com a mão suando como quem vai levar a vacina), ela posicionou a Maitê no meu colo, me mostrou onde segurar e fez o que tinha que ser feito. A gente ainda nem tinha se recuperado da primeira picada e ela fez tudo de novo e deu a outra picada (foram duas vacinas em cada braço!!!). Tadinha…Sei que todo mundo tem que tomar, que todo mundo sobrevive…mas dá pena, vai…

Horas depois, em casa…

…as picadas eram mostradas como se fossem troféus!!

Sinceramente fico em dúvida se não é melhor vacinar quando eles são bebês e não entendem nada ou se quando são maiores e sabem exatamente o que vão enfrentar, mas pelo menos entendem o motivo da dor (eu digo que é uma picadinha de amor, pra não ficar doente!). Sei lá…o que eu sei é que…Ufa! Enfim, o bom é que agora ficarei um longo tempo sem ver a Maitê com aquela carinha que me parte o coração. O único probleminha é que daqui a pouco vai ser a vez da Nina e vou sofrer tudo de novo…rs!! Como é duro ser mãe!!!