Como é difícil deixar crescer
Como é difícil deixar crescer…
Quando a gente vê elas já tem opinião. Quando a gente se dá conta elas já sabem o que querem. Quando a gente percebe elas escolhem a roupa, o programa e a companhia sozinhas (e, muitas vezes, os escolhidos não somos nós). Quando a gente se toca elas cresceram. Ah…e como é difícil deixar crescer!
O maior desafio é aceitar que não somos mais tão importantes na vida delas quanto já fomos um dia. De repente elas não precisam mais da gente para calçar um sapato, pra ligar pra uma amiga, pra alcançar o doce na prateleira. De repente não querem nossa opinião sobre a festa de aniversário, o filme que vão assistir no cinema, o prato que vão pedir no restaurante. De repente, não mais que de repente, elas crescem. Ah, e como é difícil deixar crescer.
Independente que sou desde pequena, acompanho essa evolução de longe, com uma pontinha de saudade, outra de tristeza, mas com a certeza de que minhas pequenas estão se tornando grandes e que faz parte do processo sair debaixo da asa dos pais. Mais do que isso. É imprescindível andar com as próprias pernas, cair e levantar sem ajuda. Aprender a sacudir a poeira e engolir o choro, sem pedir colo. É duro pra elas. É duro pra nós, pais. Mas é assim que a gente cresce. Ah…e como é difícil deixar crescer.
Meu marido que o diga! Muitas vezes elas pedem para fazer alguma coisa sozinhas, como pentear o cabelo, e ele pede pra fazer por elas. “Elas precisam aprender”, eu digo. “Eu gosto de fazer”, ele responde. Ah, como é difícil deixar crescer!!
O problema é que mesmo sendo difícil, mesmo sendo doloroso, mesmo sendo complicado, a gente não tem opção. Elas vão crescer. E um dia vão estudar em outra cidade. Vão querer morar sozinhas. Vão fazer intercâmbio em outro país. Um dia vão viajar com as amigas pra bem longe. Vão arrumar um namorado e não vão querer a gente junto em nenhum programa. Vão decidir muito mais do que onde repartir o cabelo, como escovar os dentes, onde sentar a mesa.
Não vai ser fácil ver tudo isso sem querer decidir por elas, sem dar nossa opinião. Mas faz parte da vida. Faz parte do ser mãe. Do ser pai. Faz parte do crescimento. Do amadurecimento. Delas e nosso.
Como é duro, né? Mas a gente não tem escolha! o jeito é fazer o que vc falou: tentar ajudar!! bjo
Aí que lindo! Já falei, mas vou repetir seu blog é sensacional, seus textos maravilhosos, deu até um nó na garganta só de ler esse! Mil beijos! Adoro!
Só tenho uma coisa para te dizer…….. Aguenta firme!!!! É duro mesmo esse “deixar crescer”…. Eles escorrem por entre nossos dedos e quando percebemos já estão muito independentes…. Tenho passado por isso diariamente e o nó na garganta aumenta, mas tem que administrar tudo isso dia, após dia….. Só digo mais uma coisa….. A nossa opinião sempre vai contar muito…. continue dando as suas!!!! Um beijo
Fofa!! Vc vai ser uma mãezona, tenho certeza! Que relato lindo sobre a sua sobrinha! E que delícia ter uma tia assim!! Bjo
Imagino como deve ser difícil, não sou mãe mas criei uma sobrinha o nome dela é Acsa desde os 4dias de vida mora comigo e minhas irmãs, imagina 5tias babonas. Hj ela está com 17 anos e pra nós ainda é difícil aceitar que ela cresceu, não precisa dos nossos cuidados, deixamos ela ter a vida dela, mas sentimos muita saudade da época em que decidiamos o tema da festa, o buffet até outras coisas bobas como roupas etc. Ainda estamos nos adequando aos poucos estamos nos desfazendo dos brinquedos e roupas que guardamos até hj na casinha de bonecas. Estou amando ler o seu blog. Espero um dia poder ser uma mãe maravilhosa como vc . Bjs, sou sua fã.