Como é bom ser criança…

Um domingo de sol e bexigas cheias de água: a festa estava pronta e durou a manhã inteira na minha casa. Simples assim. Sem nada tecnológico por perto, sem muito gasto, sem muito luxo. Como estava calor bastou vestir a parte debaixo do biquini. Os pés estavam descalços na grama ainda molhada pelo friozinho da noite. Pronto. Risadas garantidas. Ou melhor, gargalhadas. Muitas. Dava pra ouvir de longe! Como é bom ser criança!

E pensar que muitas vezes eu quebrei a cabeça escolhendo um presente pra elas, tentando agradar com algo mais elaborado e sempre mais caro. E pensar que às vezes eu inventava de perguntar o que queriam e ouvia respostas que variavam entre bonecas que andam, videogames, carrinhos elétricos e viagens para a Disney (essa última opção foi cortada da lista de desejos por razões óbvias!!!). E pensar que, na verdade, era só encher um balde com bexiguinhas com água…

Não que elas não continuem pedindo presentes caros. Não que elas não se encantem com as propagandas da TV ou com a seção de brinquedos do supermercado. Não que não façam birra quando querem algo e eu não dou. O fato é que nós, adultos, não podemos cair nessas “armadilhas”. E a gente cai. Porque ama demais, porque quer se desculpar por algo, porque estamos meio ausentes. Mas não devíamos!

O mais importante não é o brinquedo: é a brincadeira. Não é a roupa, mas o que fazemos quando colocamos uma. Não é a viagem, mas a companhia. Precisamos sim nos lembrar disso, principalmente agora que o Natal está chegando e o país está em crise. Talvez a lista de pedidos do seu filho pro Papai Noel seja grande mas talvez ele se divirta mais com coisas simples (e que seu bolso pode bancar) como um bom balde recheado de bexiguinhas cheias de água !