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Amo ser mãe!

Não sou mãe de comercial de margarina. Tenho dias de bruxa com as meninas, especialmente quando bagunçam as gavetas do guarda-roupas. Perco a paciência fácil e isso fica nítido em alguns gritos que eu distribuo pela casa. Fico uma fera quando não comem tudo, colocam o pé na parede, brigam entre sim. Coloco de castigo. E esse desabafo, na minha opinião, é o que eu chamo de maternidade real. É tirar o filtro cor de rosa de uma coisa linda, de um milagre. Porque de vez em quando ser mãe é punk sim, vamos combinar. Mas mesmo assim continua sendo demais. E eu amo ser mãe!

Amo ser mãe

Resolvi falar sobre o assunto depois de ler parte da coluna da Mariliz Pereira Jorge na Folha dia desses (digo parte porque não sou assinante). Na página dela do face encontrei o seguinte texto na chamada para a matéria em questão: “O que mais me aterroriza é a tal da maternidade “real”. As redes sociais revelaram a parte amarga de colocar filhos no mundo. Depois que as mães resolveram contar sem filtro o que vivem no dia a dia, penso que talvez a minha ausência de “dom” seja apenas instinto de sobrevivência”.

Realmente minha autora preferida tem razão quando diz que muita gente adora compartilhar suas mazelas nas redes sociais, especialmente algumas mães. Falam da dor do parto, da amamentação, da privação de sono, da falta de liberdade, de grana, de sexo. Calma, gente! Claro que, como tudo na vida, ter filhos dá trabalho. Nos faz abrir mão de algumas coisas. Nos obrigada a definir prioridades.

Nem tudo são flores…

Claro que criar é difícil. Educar esgota. Claro que muitas vezes tudo isso irrita, exaure. Tem dias que a gente sonha com uma ressonância magnética para ter silêncio e paz nem que seja por uns minutos. Mas e o restante dos dias? Desses ninguém mais fala? Que pena. Para se deliciarem com suas queixas deixam de lado o que me faz repetir que eu amo ser mãe…

Ninguém fala, por exemplo, como é incrível olhar pro seu filho e se reconhecer numa outra pessoa. Como é delicioso sentir que seu filho corre pra você quando se sente ameaçado. Como é inebriante ouvir uma boquinha banguela dizer “mamãe”. Ninguém fala como é prazeroso ver sua avó pegar seu filho nos braços como fazia com você. Como é alucinante ver seu pai rolar na grama com o neto como se tivesse 20 anos de novo. Como é mágico pegar no colo alguém que saiu de dentro de você.

Que triste ver que as pessoas falam sobre como são complicados os primeiros dias da amamentação, mas a maioria esquece de contar sobre como é gostoso depois que a gente pega o jeito. Todo mundo adora dizer que depois de ter filhos não dormimos mais, mas esquecem de dizer que pegar no sono abraçado com uma criança é uma das coisas mais deliciosas do mundo. E por aí vai…

Hoje em dia as pessoas gostam de reclamar. Reclamam do trabalho. Reclamam do marido. Reclamam dos filhos. Tudo é difícil demais. Penoso demais. Nem sempre é fácil, confesso. Mas se um pudesse dar um conselho para quem se assusta com essa gente reclamona meu conselho seria: ignore. Cada experiência é única. A sua pode ser bem mais leve e deliciosa. Como a minha.

 

 

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