Que dor é essa que sentem os pais dos meninos da Tailândia que saíram para explorar cavernas e desapareceram? Que dor é essa que os acompanhou durante todo o tempo em que os meninos estavam sumidos? Que dor é essa que passou a acompanhá-los desde que os meninos foram encontrados mas o resgate era dificílimo até para especialistas? Que dor é essa de ver oito meninos serem resgatados com vida enquanto o seu ainda está lá dentro?

Meninos da Tailândia

Esse caso não me sai da cabeça há dias. Que angústia, que aflição. Quanta impotência. Não imagino como deve ser saber onde seu filho está e não poder ir lá resgatá-lo com suas próprias mãos. Não poder pegar seu filho no colo, levar pra casa em segurança, saber que ele está sofrendo sem poder acabar com esse sofrimento.

Claro que penso nas crianças e no medo que estão sentindo. Claro que sofro de pensar que estão com fome, com frio, com dor. Mas, como mãe, me coloco no lugar dos pais que sabem de tudo isso, como eu sei mesmo estando do outro lado do mundo, e que nada podem fazer a não ser esperar. E pedir a Deus.

Imagino que alguns dos meus leitores não tenham religião ou nem acreditem nEle. Mas, na minha cabeça é impossível sobreviver a uma tragédia dessas sem se apoiar na fé de que tem alguém olhando por nós.

Que esses pais e mães consigam se amparar nisso – ou no que acreditam – enquanto esse filme de terror não acaba. Que consigam encontrar o mínimo de paz em meio a esse furacão. Que as crianças e o treinador que ainda estão na caverna sejam retirados de lá o mais rápido possível. E que todos superem os traumas que esse episódio vai trazer com a ajuda do melhor remédio que existe: o amor!