O sábado nem tinha acordado ainda mas minhas filhas ja estavam de pé. Já sabiam a roupa que íam usar. Já tinham escolhido o penteado que queriam. Já sabiam como seria a maquiagem que me pediriam para fazer. Era dia de Dad Daughter Dance, em tradução livre algo como “Baile de Pai e Filha”. Um evento anual organizado pela escola pública onde estudam aqui nos Estados Unidos. Mas, pra elas, era mais do que isso. Era o acontecimento do ano!!!

Filhas e pai

Era dia de se arrumar como gente grande. De vestir a roupa que tinha sido comprada especialmente para a ocasião. De prender o cabelo com gel. De usar sombra, blush e batom vermelho sem levar bronca.

Mas, o mais importante de tudo: era dia de ter o papai só pra elas. Sim, nesse evento as mães não são convidadas. A não ser que a crianca não tenha mais ninguem da família para acompanhá-la. Caso contrário as mães ficam de fora mesmo, só imaginando, morrendo de inveja!

Os pais também amam essa exclusividade. Se sentem importantes, especiais. E é justamente esse o intuito do evento. Aproximar pais e filhas. Valorizar essa relação. Mostrar o quanto a companhia de um pode ser legal para o outro! O quanto os dois se bastam!

Não sei se por concordar com tudo isso ou porque sou uma manteiga derretida mesmo, eu fiquei emocionada ao ver meus três amores entrarem no carro e seguirem para a festa sem mim. Me enchi de orgulho de pensar no quanto eles se amam e em como é linda a relacao que estão construindo.

Mas confesso que senti uma vontade imensa de ir junto também. E um certo ciuminho. Uma pontinha de inveja do meu marido. Afinal eu só saberia da festa quando eles voltassem, poxa vida! Até lá o programa era só deles: filhas e pai! Que delícia!