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Conselho: não perder a “brasilidade”!

Odeio conselho. Sempre digo aqui que não sigo nenhum e que, por isso mesmo, detesto dar, mesmo quando alguém pede. Mas, nesse caso, é diferente. Esse é um conselho de quem mudou de país há quase 3 anos com a família e que acha essencial ensinar para as filhas quais são suas origens. Suas raízes. Ensinar de onde vieram. E que faz isso sempre que pode.

Meu conselho

No nosso café da manhã tem requeijão e tapioca quase todos os dias. E pão de queijo nos finais de semana. No nosso churrasco tem farofa e pão de alho. De vez em quando elas me vêem sim feliz fazendo caipirinha de cachaça para os nossos amigos. No carro estou quase sempre cantando e ouvindo música brasileira. Faço questão que falem português, brigo para que não esqueçam uma língua tão importante e difícil de aprender. Sou louca por uma paçoca, um pé-de-moleque, uma maçã do amor. E dou meu jeito para que elas experimentem tudo isso que é a cara de onde viemos.

E por que? Porque acredito que a “sensação de pertencimento” é importantíssima. Elas podem morar nos EUA anos, pra sempre que seja, mas nunca serão americanas. São brasileiras. E ponto final. Temos nossa cultura, nossa história, nossas memórias e, embora não tenhamos oportunidades e nem segurança no nosso país, não odiamos o Brasil por isso. Pelo contrário. Sentimos muito.

Adoraria poder andar de bicicleta em São Paulo como ando aqui, sem medo de ser assaltada na porta da farmácia. Adoraria poder andar com o vidro do carro abaixado e parar no semáforo tranquila. Adoraria ver minhas filhas brincando na rua em frente de casa em paz no Brasil como vejo aqui todas as noites.

Não dá. É fato. É triste. Mas, mesmo assim, é de lá que viemos. Lá estão nossas origens. E isso nós não perderemos jamais.

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