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As temidas perguntas dos pequenos

Nina

Nina em…”as temidas perguntas dos pequenos”

Com um pedacinho de pau Nina cutucou uma abelha que parecia morta. O bichinho se mexeu. Nina, toda feliz, correu me dizer: “ela estava morta e desmorreu, mamãe!”. Expliquei que aquela abelha, na verdade, estava viva já que,  se estivesse morta, não “desmorreria” nunca mais. Pronto. Foi o que ela precisava para perguntar: “mas se a gente nunca mais acorda depois de morrer,  pra onde a gente vai? Como é esse negócio de morrer?”. Isso foi outro dia, as 7 da manhã. Eu tinha ido dormir as 3h, depois de uma madrugada de insônia. É, minha gente, as temidas perguntas dos pequenos não tem hora para acontecer!

Na verdade tenho uma teoria de que elas acontecem mesmo nos piores momentos. Hoje, a caminho da escola, entre uma ligação do meu chefe e um recado que precisava dar pro meu marido antes de deixá-lo no trabalho, ela queria saber o que era “canastra”. Oi?? Nunca fui de jogar baralho (nem na época em que matava aula na faculdade pra ficar paquerando no pátio) e, por isso, ao ouvir a pergunta me senti tendo que dissertar sobre física quântica na frente de uma platéia de doutores (até descobrir, graças a um pedido de ajuda que fiz no facebook, que a dúvida surgiu porque a Emília, do Sítio do Pica-Pau Amarelo, tem um baú que chama de canastra. Ufa!!).

O pior, muitas vezes, não são nem as perguntas em si. São os desdobramentos. “Porque as pessoas roubam as coisas das outras? Elas não sabem que estão erradas? Elas não se arrependem?”. “Tem as famosas: “como a gente morava na sua barriga?” que sempre termina na: “como a gente entrou na sua barriga?” (pretendo falar sempre a verdade pras minhas pequenas, juro, mas contar como surgem os bebês pra uma menina de 5 anos ainda não é muito apropriado, na minha opinião).

A questão é: como lidar com tanta dúvida sem antecipar coisas que ela ainda não está preparada para saber? Como evitar inventar respostas para esconder verdades difíceis de encarar? Como dar respostas para perguntas que a gente ainda se faz? Sinceramente, não sei. Ela vê em mim uma pessoa que sabe tudo e, na verdade, eu sei tão pouco da vida. Só vivi mais do que ela…

8 Discussions on
“As temidas perguntas dos pequenos”
  • Que delícia saber que, de algum jeito, estou te ajudando!!! E é isso mesmo: não é fácil, mas é super possível!!! Se eu pudesse te dar um conselho seria: se joga!!! Bjo

  • Patrícia, viciei no seu blog (já te seguia no instagram)! Mas o fato é que eu e minha família temos planos concretos de mudarmos para Orlando também. Iríamos em janeiro de 2016, mas por problemas familiares resolvemos adiar um pouco, quem sabe no meio do ano que vem não seremos “vizinhas”. Tenho duas meninas, uma de 8 e uma de 4 anos e ADORO ouvir suas histórias, no fim parece que são histórias que vão se repetir comigo quando estiver aí. Dúvidas, ansiedade, saudades…. tudo isso vou passar também, mas é uma delícia ver os seus posts com as coisas boas, os aprendizados, o ingles das crianças se aperfeiçoando, as amizades que são feitas, enfim. Fico feliz e tranquila, pois vejo que todo mundo passa por isso, que não é um bicho de 7 cabeças (embora toda mudança gere na gente uma insegurança monstra) e que no fim tudo dá certo! Fica com Deus e obrigada por acalmar, mesmo sem saber, meu coração. Bjo

  • Paty, sua não casada, kkkkkkkk … Morri de rir!
    Adoro seu blog e estou sempre acompanhando.
    Doida pra ver logo este casamento…
    Bjos

  • Eu nesse momento estou passando pela pergunta da morte, Alice tem 4,5 e chora todo dia porque eu vou morrer e deixar ela. Como é complicado explicar essas coisas sem mentir e sem criar medo ou como ela mesmo me diz sustos nas pessoas. Mamãe estou com susto de que VC vai morrer.

  • É Pat, não tem jeito, as perguntas sempre vem e nos momentos mais inesperados… Por mais que a gente pense previamente nas respostas, elas sempre nos surpreendem com as perguntas!
    Veja o meu caso: eu estava na pia lavando um copo numa manhã de domingo quando de repente, minha filha aparece e pergunta do nada: “Mamãe o que é impotência sexual? Papai vai ter! “.
    Imagine a minha cara! Eu perguntei: “Hã? O quê?”
    Ela respondeu: “Eu vi agora na televisão: fumar causa impotência sexual!”.
    Aí sim eu entendi o porquê da pergunta, rsrsrs.
    Nem sei se respondi didaticamente o que deveria, mas a única coisa que me veio na cabeça naquele momento foi dizer: “É um problema que o homem tem e não pode ter filho!”. Ela prontamente respondeu: “Ah, então papai não tem isso não!”.
    E o assunto foi encerrado, para meu alívio, rsrsrsrs.

    Vá se acostumando Pat, vc tem duas bonequinhas pra te encher de perguntas! Bjs

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