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Medo: maternidade me ensinou o que é isso!

medo

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Paraquedas. Bungee jump. Asa delta. Já experimentei de tudo. Nunca tive medo. Nem de cair, despencar e, muito menos, de morrer. Na verdade tenho medo de morrer sim, muito. A questão é, ao me aventurar, eu nunca sentia que podia chegar minha hora. Isso até Nina e Maitê nascerem.

 

 

Com a chegada delas eu não só me tornei mãe. A mudança foi ainda mais drástica. Foi como se a Patrícia destemida desse espaço a uma nova Patrícia. Que tem medo. Que tem mais responsabilidade. Que não pode se dar ao luxo de experimentar riscos. Que tem que estar inteira, sã e salva para cuidar de tudo no que diz respeito a duas menininhas que coloquei no mundo.

Medo faz falta

Claro que sinto falta do frio na barriga que tinha dentro do avião, antes dos saltos e até o paraquedas abrir. Óbvio que já sonhei muito com a corridinha antes de voar de asa delta. Me lembro com detalhes do nervoso antes de me jogar de uma ponte presa apenas por um elástico nos pés. Sinto falta da adrenalina, da emoção. Sinto falta do coração bater forte e da sensação de vencer minhas próprias limitações.

Mas há seis anos é como se eu tivesse substituído tudo isso por outros sentimentos, muito mais poderosos. Muito mais intensos. Hoje meu coração bate forte quando vejo Nina e Maitê se apresentarem na escola, tenho frio na barriga quando elas testam um novo exercício na ginástica olímpica, fico nervosa quando elas me dizem que alguém as destratou. E, simplesmente, não acho justo arriscar a minha vida sendo que a única mãe que elas tem…sou eu!!

Vale dizer que não recrimino, e sim admiro as mães que continuam a se arriscar por aí mesmo depois de dar a luz. Concordo que se for pra acontecer algo pode acontecer quando eu estiver atravessando a rua, andando de carro, viajando de avião. Sei o quanto os esportes de aventura são cercados de procedimentos e equipamentos que garantem segurança. Mas não é um medo racional. É mais forte do que eu. Depois que me tornei mãe tenho medo de faltar. E se eu tenho a opção de não me arriscar é isso que vou fazer. Pode me chamar de medrosa. Eu acho que estou apenas me auto-protegendo. Para proteger minhas pequenas!

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