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Violência contra criança: como evitar!

violencia contra criança

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Acabei de tomar conhecimento de um dado chocante. Casos de abuso sexual e violência contra criança são mais comuns do que se imagina. Segundo dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), por exemplo,  70% das vítimas de estupro no Brasil são menores de idade!!!

Os dados do Disque 100 (Disque Direitos Humanos) e do Sistema Único de Saúde são ainda mais assustadores. De acordo com eles, mais de 120 mil casos de abuso sexual e violência contra criança foram registrados no país entre 2012 e 2015. Isso equivale dizer que pelo menos três ataques aconteceram por hora!! O que isso significa? 1- que a violência contra a criança é uma realidade. 2- que precisamos aprender a identificar os sintomas e evitar que nossos filhos passem por isso!

Sendo assim, resolvi compartilhar um guia que a BBC Brasil fez com base em informações de sites especializados e entrevistas com profissionais da área. Espero que ajude pais e mães a ajudar seus filhos!

Violência contra criança: basta!

1) Mudança de comportamento

O primeiro sinal a ser observado é uma possível mudança no padrão de comportamento das crianças. Se a ela nunca agiu de determinada forma e, de repente, passa a agir. Se começa a apresentar medos que não tinha antes – do escuro, de ficar sozinha ou perto de determinadas pessoas. Se tem mudanças extremas no humor (caso de crianças normalmente extrovertidas que passam a ser muito introvertida ou de crianças calmas que passam a ser agressivas, de repente).

A mudança de comportamento também pode se apresentar com relação a uma pessoa específica, o possível abusador. Vale lembrar uma triste realidade: a maioria dos casos envolve familiares.

A rejeição muitas vezes é com a uma atividade. Os pais tem que prestar atenção se a criança não quer mais fazer uma atividade extracurricular, visitar um parente ou vizinho ou mesmo voltar para casa depois da escola.

2) Proximidade excessiva

É preciso usar o bom senso. A proximidade excessiva pode ser um sinal. Vale dizer que o papel do desconhecido como estuprador aumenta conforme a idade da vítima. No Brasil, 95% dos casos desse tipo de violência contra menores são praticados por pessoas conhecidas das crianças, e em 65% deles há participação de pessoas do próprio grupo familiar.

3) Regressão

Outro indicativo apontado pelas especialistas é o de recorrer a comportamentos infantis, que a criança já tinha abandonado. Coisas simples como fazer xixi na cama, voltar a chupar o dedo, chorar sem motivo aparente devem acender uma luzinha de alerta.

4) Segredos

Para manter o silêncio da vítima, o abusador pode fazer ameaças de violência física e promover chantagens para não expor fotos ou segredos compartilhados pela vítima. É comum também que usem presentes, dinheiro ou outro tipo de benefício material para construir a relação com a vítima. É preciso também explicar para a criança que nenhum adulto ou criança mais velha deve manter segredos com ela que não possam ser compartilhados com adultos de confiança, como a mãe ou o pai.

5) Hábitos

Uma criança vítima de abuso também apresenta alterações de hábito repentinas. Pode ser desde uma mudança na escola, como falta de concentração ou uma recusa a participar de atividades, até mudanças na alimentação e no modo de se vestir.

 

6) Questões de sexualidade

Um desenho, uma “brincadeira” ou um comportamento mais envergonhado podem ser sinais de que uma criança esteja passando por uma situação de abuso. O uso de palavras diferentes das aprendidas em casa para se referir às partes íntimas também é motivo para se perguntar à criança onde ela aprendeu tal expressão.

7) Questões físicas

Há também os sinais mais óbvios de violência sexual em menores – casos que deixam marcas físicas que, inclusive, podem ser usadas como provas à Justiça. Existem situações em que a criança acaba até mesmo contraindo doença sexualmente transmissível. É interessante ficar atento também a possíveis traumatismos físicos, lesões que possam aparecer, roxos ou dores e inchaços nas regiões genitais.

8) Negligência

Muitas vezes, o abuso sexual vem acompanhado de outros tipos de maus tratos que a vítima sofre em casa, como a negligência. Uma criança que passa horas sem supervisão ou que não tem o apoio emocional da família, com o diálogo aberto com os pais, estará em situação de maior vulnerabilidade.

O que fazer?

Caso identifique um ou mais dos indicadores o melhor a se fazer é conversar com a criança. Em seguida os pais devem procurar ajuda de um especialista e seguir as orientações para cada caso. Mas, na minha opinião, o ideal é sempre valorizar e acreditar no que a criança fala. Isso dá a ela segurança de que será ouvida.

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