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Verdade: quando falar tudo?

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Hoje Nina entrou no carro e me colocou contra a parede (ou melhor, a direção). “Mãe, é sério que o Papai Noel não existe? Ele não é de verdade?”. Gelei. Será que tinha chegado o temido momento em que elas descobrem tudo e não somos mais capazes de prolongar a magia? Será que acabaram os momentos escrevendo a cartinha? Nada mais de tirar foto abraçada no bom velhinho?

Falo a Verdade?

Decidi atacar: “quem disse esse absurdo?”. Pro meu alívio a resposta mostrou que ela estava bem em dúvida, tinha como salvar minha filha da verdade tão temida pelos pais. “Foi uma menina da minha classe, mas ela é muito mentirosa!”. Pronto. Ela tinha me dado a deixa que eu precisava. A menina era mentirosa. Bingo! “Nina, não sei se ela é mentirosa, mas sei que o Papai Noel existe e que temos que acreditar nele caso contrário ele não vem no Natal”. Fim de papo. Minha pequena sorriu e mudamos de assunto, coo sempre fazemos quando ela se convence de algo.

Mas eu fiquei pensando se tinha feito o certo ao não contar a verdade. Mas também, dizer o quê? Dizer que sempre menti pra ela e que um ano o Papai Noel foi o filho da minha amiga, no outro o namorado de uma conhecida, no outro o padrasto da minha comadre? Dizer que compra os presentes na verdade sou eu e que eu não compro a lista toda senão teria que decretar falência? Dizer que o Papai Noel do shopping onde ela vai tirar foto todo ano é um homem fantasiado?

Confesso que não estou pronta pra nenhuma dessas situações. Amo a verdade mas, nesse caso (e no caso do coelhnho da páscoa e da fada do dente também) eu abro uma exceção. Uma licença poética, sei lá. Nem sei se ela sofreria tanto com a verdade. Mas sei que acabar com a magia do Natal, por enquanto, não está nos meus planos.

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