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Vamos falar de saudade da família?

Beauty girl cry on black background

Saudade

Poucas vezes falei disso. Saudade. Na verdade todo dia falo sobre mil assuntos aqui no blog. Conto sobre meu dia-a-dia num país diferente, desabafo sobre minhas dificuldades como mãe, falo sobre a adaptação a nova vida, dou dicas de compras e de roteiros. Mas hoje quero falar de sentimento. Mais que isso. Vamos falar de saudade?

Não estou falando do substantivo feminino que tem como definição ser um sentimento melancólico devido ao afastamento de uma pessoa, uma coisa ou um lugar, ou à ausência de experiências prazerosas já vividas. Estou falando de dor mesmo. De vontade de chorar que não passa. De tristeza profunda. De uma dor que a gente só sente quando decide morar longe (se você está pensando em mudar de país nem leia esse texto!!!).

Parece exagero, mas é assim que estou me sentindo desde a ida do meu irmão ontem para o Brasil. Depois de uma semana grudados ontem chegou a hora da despedida. Fui com ele no aeroporto, abracei sem respirar (para as lágrimas não cairem na frente dele) e só consegui ir embora quando ele desapareceu na área de segurança do aeroporto. Até a imagem dele sumir eu estava lá. Forte. Acenando. Incansável.

Ele foi e eu desabei

Foi só ele sumir entre os outros passageiros para eu desabar. Por mil motivos: primeiro porque a visita dele foi intensa (até uma tatuagem igual nós fizemos), depois porque ficamos muito amigos depois de adultos (apesar de brigarmos feito cão e gato quando pequenos) e, por fim, porque ele é meu porto seguro, meu melhor amigo hoje (a gente se fala milhões de vezes por dia no celular!!). E eu queria ele perto de mim, pronto!!!

No caminho de casa chorei na frente das meninas, até porque não escondo delas o que sinto e porque, apesar de querer que elas aprendam a lidar com as despedidas, eu acho que às vezes a gente tem que se dar ao direito de sofrer sim, mesmo na frente delas. E sentir saudade não é vergonha nenhuma. Mães também são seres humanos, né?

Enfim, chegando em casa Maitê veio me consolar e disse: “mamãe, você pode ir pro Brasil ver o tio Adri, não chora”. Eu concordei e ela emendou. “Mas se você for eu vou ficar com saudade de você e vou chorar. E filho é mais importante que irmão, né?”. Decidi não entrar no mérito. Abracei minha caçulinha forte. Chorei mais um pouco e fui fazer o jantar.

P.S.: Quer saber do que mais eu sinto saudade? Acesse http://familiamudatudo.com.br/que-saudade-amigas/

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