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Último dia de aula!

Último dia de aula: especial e até a mãe participa!

Último dia de aula: especial e até a mãe participa!

Antes de mais nada, pausa para explicar a foto: sexta foi o último dia de aula e eu participei da festinha na classe da Nina. Estava tudo ótimo até a hora que falei: “preciso ir embora (os outros eventos do dia eram apenas para as crianças), vamos tirar uma foto para lembrar desse momento?”, ela se escondeu no meu cabelo e começou a chorar. Não queria me deixar sair…Apesar da despedida difícil, passar a manhã com ela, entre seus amigos, foi demais! Conheci uma Nina diferente!!

Estou “ensaiando” para participar de um evento da escola há tempos, mas minha agenda de trabalho e viagens nunca coincidia com a da professora. Mesmo assim, me inscrevi num site que ela enviou (sim, você se candidata para ser voluntária e espera aprovação) e aguardei alguma data que coincidisse com a minha. O dia chegou e era o último dia de aula de 2015. Um dia especial pra mim e para Nina, porque marca o fim de uma adaptação difícil, sofrida, mas que chegou ao fim!

Na classe éramos eu, a professora e uma mãe russa. As crianças (15) foram divididas em três turmas que se revezavam nas seguintes atividades: pintura, colagem e desenho. A minha mesa era da colagem. Foi uma delícia! Exercitei meu inglês, entendi um pouco mais a dinâmica da escola americana, conheci melhor os amiguinhos e a professora e, o mais legal: vi minha filha enturmada, falando inglês, solta num universo completamente diferente e que, no começo, assustava tanto!

Outras mães vão entender o que estou tentando dizer: fora de casa, longe dos nossos olhos, nossos filhos são outros. Não fazem manha, se comportam muito mais, se viram de uma maneira que a gente nem imagina! Nina, por exemplo, é muito mais desinibida do que eu imaginava. É doce, como quando está em casa, mas sabe se impor quando necessário. Apesar de sentir falta dos amigos do Brasil, já tem seus preferidos aqui nos EUA também. E é muito querida por eles!

Durante as atividades, ela parecia uma mocinha. Olhava pra mim de longe, dava um sorriso, mas ficava sentadinha na mesa dela, de acordo com o que a professora tinha pedido (antes de ir achei que ela ía querer ficar no meu colo). Quando foi a vez de sentar na minha mesa ela fez tudo direitinho enquanto olhava pra mim quase que hipnotizada, sem acreditar que eu estava ali, naquele lugar que é só dela! Me apresentou os amigos, me mostrou onde senta normalmente, onde guarda a mochila. Me mostrou que é muito mais independente do que eu podia imaginar! Que é uma pessoa! Será que dá pra entender???

Vi ali, por um minuto, que minha minha filha cresceu. Que tem seu universo próprio, amigos que eu nem conheço, que sabe fazer coisas que eu nem imaginava. Não sei explicar mas, nas duas horas em que estive lá foi como se eu tivesse sido apresentada a outra Nina. Estranho, mas muito legal ao mesmo tempo!

Na despedida, de repente, ela voltou a ser meu bebê. Não aguentou o tranco. Chorou ao me abraçar, queria que eu ficasse. Queria ir comigo. Não queria que a gente se separasse. Eu também não queria. Mas é preciso e nós duas sabemos disso. Tirei a foto, mesmo com ela escondida no meio do meu cabelo, e saí, firme, mas com lágrimas nos olhos. Minha menina cresceu mas continua sendo meu bebê!

 

 

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