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Tenho 40 anos. E daí?

Tenho 40 anos. E daí?

Tenho 40 anos. E daí?

Li alguns textos esses dias sobre a “crise dos 30 anos” (se eu passei por isso não me lembro, juro!). As pessoas falavam sobre como é difícil chegar nessa idade sem ter encontrado o grande amor da vida, sem ter formado uma família, sem ter comprado a casa própria ou juntado o primeiro milhão, sem ter plantado uma árvore e nem, ao menos, escrito um livro. Pois bem, confesso. Não fiz algumas dessas coisas e já tenho 40 anos. E daí?

Vejamos. O amor da minha vida não apareceu antes dos 30. Não fui mãe antes dos 30. Não juntei meu primeiro milhão antes dos 30 (e nem aos 40!). O livro também não rolou. Nem a casa própria. Talvez só a árvore. É, árvore eu plantei. Ufa!

Mesmo preenchendo só um dos requisitos fiz 40 esse ano. E daí? Daí que embora eu tenha encontrado o amor da minha vida, seja mãe e tenha casa própria, eu ainda tenho muito a fazer. Lembra do primeiro milhão e do livro? Pois é…Mas será que eu quero mesmo juntar tanto dinheiro e escrever um livro que talvez ninguém leia? Quem inventou essa lista, afinal?

Sinceramente meus planos são outros e não tem prazo para acontecer. Quero viajar cada vez mais leve, quero cozinhar sem precisar acompanhar a receita, quero aprender a dançar forró. Sonho com o dia que vou conhecer lugares que estão fora dos roteiros turísticos. Imagino como vai ser legal ver minhas filhas dando o primeiro beijo. Quero tirar carteira de habilitação para dirigir moto. Nada disso necessariamente antes dos 45, dos 50, dos 60, dos 70, dos 80, dos 90 (sim, eu vou viver muito, se Deus quiser!). Apenas cada coisa a seu tempo, no momento certo, quando rolar.

Esse ano, por exemplo, não vai dar pra cumprir nenhum dos ítens da lista. Simplesmente porque decidi morar fora do país com minha família. Adiei alguns sonhos e estou realizando outros que me pareceram mais interessantes no momento. Qualquer dia, quando der, vou tentar fazer as outras coisas que um dia desejei. Ou não. Ou vou só pintar o cabelo de roxinho, porque acho lindo, e aprender a jogar baralho pra passar o tempo. Ou vou fazer ioga, como minha avó Josephina fazia, pra colocar o pé atrás da cabeça com oitenta anos. Seja como for, vou sempre arrumar outros sonhos, outros planos. Só meus. Ninguém vai me dizer o que sonhar.

 

 

 

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