Como todas as mães minimamente informadas acompanho com tristeza as notícias sobre os suicídios de adolescentes. Procuro pistas do que fazer com minhas filhas na ilusão de exista um manual a ser seguido para que essa tragédia nunca aconteça na minha casa. Tento entender o que ninguém consegue: o que estava faltando para essas pessoas tão novas optarem por um ponto final.
Suicídios
Durante as minhas pesquisas sobre o tema encontrei na internet vídeos e artigos de especialistas. E em todos eles os profissionais são unânimes em dizer que o problema é a superproteção. É criar filhos que não suportam frustração. Que só sabem ouvir sim. Que só sabem vencer. Que não entendem quando não tem seus desejos atendidos.
O problema é que as crianças são criadas numa redoma de vidro e quando saem debaixo da asa dos pais não aguentam o tranco. Não seguram a onda. Porque não é mesmo fácil levar um fora da namorada, sofrer bullying ou não ter seguidores nas redes sociais. Mas para um adolescente sempre acostumado a ser rei esses problemas tem peso dois.
É como se eles não conseguissem mais viver com a possibilidade de não ser aceitos. Como se o mundo desabasse sobre seus ombros. E a solução seria acabar com tudo. Dados divulgados pela BBC Brasil indicam que esses números tem crescido assustadoramente. Entre 1980 e 2014, a taxa de suicídio entre jovens de 15 a 29 anos aumentou 27,2% no Brasil.
Mas como nós, pais, podemos ajudar nossos filhos então? Segundo especialistas o ideal é educá-los desde pequenos para enfrentar as derrotas, para lidar com as próprias falhas. Já maiorzinhos temos que ficar atentos a seus comportamentos. Temos que conversar. Temos que vigiar.
O mundo não está fácil para ninguém, mas para quem está chegando agora nele o susto é ainda maior.