Família Muda Tudo O melhor blog sobre família, pais e filhos, maternidade, enxoval de bebe, vida em Orlando

Sim, são minhas filhas e diferentes!

Diferentes!

Diferentes!

Vivemos numa época em que todo mundo fala o que quer. Especialmente para quem está grávida ou já é mãe. Todo mundo tem palpites, dicas ou opiniões sobre a barriga alheia, o parto, o bebê ou a criança. Como me incluo entre as mães que têm crianças, quero responder aqui, de uma vez por todas: sim elas são minhas filhas e diferentes!

Eu explico o desabafo. Nina é loirinha, tem o cabelo liso cheio de mechas e a pele dourada, que bronzeia fácil. Maitê é bem branquinha, fica vermelha em minutos e tem o cabelo cacheado e castanho escuro (igual a cor original do meu cabelo já que sim, meus fios claros são frutos de muita água oxigenada, blondor e afins). A questão é que, desde que a Maitê nasceu, estou cansada de responder a uma pergunta – e a um comentário que vem sempre na sequência – “As duas são suas filhas? Nossa, tão diferentes”…Oi? Sim, são diferentes e…qual o problema?

O problema é que sim, cada uma poderia ser filha de um pai, uma delas (ou as duas) poderiam ser adotadas ou eu, simplesmente, poderia não estar a fim de responder isso milhões de vezes por dia pelo simples fato de: não estar a fim! Ou pelo fato de o perguntador não ter absolutamente nada a ver com a minha vida e a das minhas filhas! Deu pra entender? Pode parecer um exemplo bobo, mas ouço isso tantas vezes por dia que cansei. Aliás, de onde as pessoas tiraram que podem perguntar pra gente o que querem sobre nossa barriga, parto, bebê e crianças, afinal?

Se estamos grávidas a questão é: “Sua barriga está grande demais, será que são gêmeos ou você anda comendo muito?” Ou então: “Está muito magrinha…não está fazendo regime durante a gravidez, né?” Depois do parto os curiosos soltam: “Fez cesárea? Não tentou normal?” Ou então: “Está amamentando?”  Quando temos o bebê no colo: “Tem que ter logo o segundo, hein? Filho único é mimado!”.

E o bullying com relação ao nome que escolhemos, então? É o caso do nome da minha filha mais velha: Nina. “Como ela chama?”, perguntam. “Nina”, respondo. “Mas como é o nome dela?”. Insisto: “Já te disse: Nina”. “Mas é Nina de Marina, Carolina, Valentina?”. Exausta, respondo: “não! É Nina. De Nina mesmo! N-I-N-A!”. “Ah, tá. Nina…é que eu nunca vi colocar apelido!” Oi???? Alguém perguntou sua opinião sobre o nome da minha filha?  Está dando então por que? Juro que qualquer dia me dá a louca e eu respondo isso…

É isso. Esse tipo de gente, que se acha no direito de dar opiniões que não são solicitadas, despertam um lado horrível que temos: o lado reativo. Detesto ser assim! Mas, olha, às vezes, é difícil controlar!!

Sair da versão mobile