Seriedade pra quê?

Sou jornalista, casada, mãe. Tenho 40 anos. Mas, muitas vezes, me comporto como uma criança de sete. Ou menos, como nessa foto. Sim, faço careta pra câmera. Sim, pinto uma unha de cada cor quando estou de folga. Sim, gosto de molhar a batata frita no sorvete. Sim, gosto de cantar bem alto as músicas dos personagens da Disney (e faço performances!). E, vem cá, seriedade sempre serve pra quê, hein?

Claro, quando estou no trabalho sou super séria. Quando estou numa reunião da escola das crianças também. Se estou numa palestra, num teste, apresentando um evento idem. Mas, se tenho um tempinho livre, não consigo evitar a piada, a gracinha, dar risada de qualquer besteira que aparecer na minha frente. Essas pequenas alegrias tornam meus dias mais leves, fazem minha vida mais colorida!

No dia da foto acima, por exemplo, eu e meu cinegrafista (meu querido Ulisses) tínhamos viajado 3h 30 de Orlando para Boca Raton, feito a cobertura do jogo entre Corinthians e Atlético MG, acompanhado as coletivas de imprensa dos times e iríamos enfrentar mais 3h30 de viagem, de volta pra casa. Dia cansativo mas, nem por isso, chato!!! Ao contrário! Demos muita risada a viagem toda, brincamos muito nos intervalos entre as gravações e, depois do trabalho feito, jantando num restaurante qualquer.

Decidi contar tudo isso porque algumas pessoas viram a foto acima que postei nas minhas redes sociais e não acharam legal, criticaram meu humor infantil. É mesmo, é? Pois eu adoro exatamente essa minha característica! Acho demais dar risada de qualquer coisa, principalmente de mim. Entenda: não faço os outros darem risada, não tenho o menor jeito para humorista. Mas dou um jeito de me divertir com pouco. Com um tombo que eu mesma levo, com o catchup que cai no vestido novo, com uma besteira que eu mesma digo. E, quer saber? Acho que quando tiver 100 anos vou continuar assim! E quem sabe quando eu for centenária eu pareça, finalmente, ter 40!!