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Ser mãe: como é difícil!

Acordo no meio da noite. Nada aconteceu. Não chove nem venta. Mas meu coração bate forte. Será que eu devia ter viajado para evitar encontrar o furacão Irma? Será que ficaria na estrada, presa nos milhares de quilômetros de congestionamentos? Será que tudo não vai passar de uma tempestade forte? Será que eu devia ter enfiado a família toda num vôo? Afff! Como é difícil ser mãe.

Ser mãe é intenso!

Ao meu lado meu marido dorme profundamente. Não que não esteja tenso. Claro que está, mas do jeito dele. Menos do que eu. Ser mãe é outro papo, se é que me entendem. Eu me preocupo, por exemplo, com coisas que preciso salvar caso minha casa voe.

Separo documentos, lembranças, fotos do dia do parto das meninas, presentes que elas fizeram pra mim. Cadê a roupinha que minha mãe colocou em mim quando eu nasci e que eu usei na Nina e depois na Maitê? Onde estão certidões, carteiras de vacinação, o contato do médico? Os bichos de pelúcia preferidos, a roupinha que ganharam semana passada, a mochila da escola. Tudo isso precisa ir com a gente.

E não pára por aí…

São 4 horas da manhã. Em meio a tantos lembretes decido que uma das primeiras coisas a fazer de manhã é separar comida pras cachorras. Se tivermos que sair as pressas elas precisam ter alimentos também. E a Záira está com uma infecção no ouvido, não posso esquecer o remédio. Mauí ama a caminha dela, tenho que levar junto.

E tem aquele email que ainda não respondi. O telefonema que não retornei. Não posso esquecer de chamar a faxineira e nem de pagar o pão de queijo que encomendei. Bom, mas isso fica pra quando essa loucura toda passar. O foco agora é no que fazer e em como enfrentar tudo isso sem paranóia, sem exageros.

Pronto. Vou fazer isso. Vou fechar os olhos e dormir. Quando o sol nascer eu decido o que fazer. Decido se vou ou se fico. Ah! Lembrei de mais uma coisa! Pegar todos os carregadores portáteis que tenho para evitar ficar sem telefone. Anoto no celular. E recomeço uma lista interminável. Remédios, comida, meias. Moletom, travesseiro, calcinha e mais comida. E assim eu fico. Anotando. Viajando no meu medo. E na dificuldade de ser mãe!

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