Minha amiga Eliana está grávida do segundo filho. Uma menina que chega em setembro. Assim como a maioria das mães ela está feliz com a bebê que está chegando mas, mais do que isso, está preocupada com o Arthur, seu primeiro filho. Como contar que daqui a pouco ele vai ter que dividir a casa, os brinquedos e, o mais duro: a mãe? Como explicar que o reinado de filho único vai acabar? Ser mãe não é nada fácil…

Segundo filho: como contar?

Eliana optou por escrever uma carta para o filho. Nela a apresentadora elogia o primogênito mas fala da importância da caçula que chega em breve. “Estou cada vez mais apaixonada e queria que entendesse que a sua irmãzinha, que chegará em setembro, não vai tirar o seu lugar. Tenho procurado trazê-lo ainda mais para perto agora, para que entenda que o amor que sinto por você é único e só seu”.

Esse definitivamente não é um momento fácil. Lembro como se fosse hoje da Nina pequenininha (1 ano e meio) olhando pra mim com a Maitê no colo. A carinha dela era quase que um ponto de interrogação. “De onde veio essa criança que eu não pedi?”, “como é que faz pra devolver?” “porque minha mãe quis esse segundo filho?”.

Um belo dia ela foi além. Me perguntou com todas as letras quando eu levaria a irmã de volta para a maternidade. Expliquei que nunca mais. Que ela fazia parte da nossa família e que ficaria com a gente pra sempre. Disse que um dia elas íam brincar juntas e que ela iria adorar ter uma irmã. Contrariada ela não teve dúvidas. Me deixou falando sozinha. E fez isso milhões de vezes. Até perceber que ter irmão/irmã é uma das melhores coisas da vida, embora briguem muito.

Pois sabia que até nessa hora eu acho legal ter irmã/irmão? Faz a gente crescer. Faz a gente aprender a dividir. Faz a gente aprender a se defender. Ter irmão é ter alguém que te conhece profundamente, que é feito do mesmo material que você.

O Arthur pode não saber de nada disso agora, Eliana. Mas, aos poucos, a vida vai mostrar que em setembro ele vai ganhar um super presente. E que foi Deus que mandou!