Lembro perfeitamente da primeira vez que meu nome saiu na assinatura de uma reportagem no jornal. Da primeira vez em que apareci na TV. Da primeira vez em que entrei ao vivo. Do primeiro evento corporativo que apresentei. Pois essa semana adicionei mais uma “primeira vez” na minha lista! Fiz meu primeiro evento em outra língua. Sim, depois de dois anos e meio morando nos EUA essa foi a primeira vez que tive coragem de subir no palco e apresentar um evento em inglês em frente a dezenas de pessoas. E foi demais.

Primeira vez

Na verdade costumo ser crítica demais comigo mesmo. Costumo dizer que sou minha maior inimiga nesse sentido. Sou pior do que qualquer chefe que eu pudesse ter. Nunca estou satisfeita. Nunca acho que sei o suficiente sobre determinado assunto. Tanto que já neguei diversos orçamentos que chegaram para que eu fizesse eventos em inglês.

Mas dessa vez fui lá e fiz. E saí feliz. Por ter encarado o obstáculo que é a língua e ter me jogado. De cabeça. Por ter sido corajosa como quando assinei minha primeira reportagem na Folha de São Paulo. Por ter sido valente, como quando entrei ao vivo na TV sem experiência quase que nenhuma. Por ter sido ousada, como sempre fui, sem pensar que podia dar errado. Podia? Podia! Mas podia dar certo! E deu!

Óbvio que tenho certeza de que posso e vou melhorar. Que preciso trabalhar meu sotaque, que tenho que pronunciar melhor as palavras. Que preciso ter mais calma na hora de apresentar eventos em outra língua que não o português. Mas, mesmo assim, encarei o desafio e isso me deixa orgulhosa de mim mesma. Talvez eu esteja mas condescendente comigo mesma e isso faz mesmo parte dos meus planos de 2018!

Venci mais uma batalha, como todas as que enfrentei na minha carreira, e isso me dá ainda mais energia para seguir em frente. No trabalho e na vida.