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Preguiça de mudar impede de ser feliz

preguiça

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Desde que mudei para Estados Unidos o que mais leio nas mensagens que recebo é: “que coragem”! A maioria das pessoas elogia o fato de eu ter encarado o desconhecido. Me jogado no novo. Começado do zero. Muitos acham incrível eu ter deixado pra trás minha carreira sólida. Minha rede de amigos. Minha zona de conforto. E elas atribuem tudo isso a coragem. Não concordo. Sou bem medrosa inclusive. A questão é que não tenho preguiça de ser feliz!!!

Preguiça aqui não!!!

Não tenho preguiça de mudar de casa, de cidade, de país. Não tenho preguiça de mudar de trabalho, de objetivo, de sonho. Não tenho preguiça de arriscar!! Claro, algumas mudanças são mais doloridas. Outras mais trabalhosas. Mas, na minha opinião, são inevitáveis quando a gente não está levando a vida que gostaria.

Outro dia vi um texto que dizia que a gente se acostuma com tudo e que, assim, vai morrendo aos poucos. Se mora no apartamento de fundos, acostuma a fechar a cortina cedo porque a vista é feia. Se fecha a cortina cedo acostuma a acender a luz durante o dia. Se acostuma a acender a luz durante o dia acostuma a ficar sem ver o sol. E por aí vai. Até que, aos poucos, a vida vai perdendo a graça. A cor. O sentido.

Podia ter acontecido parecido comigo. Mas um dia me dei conta de que tudo na minha vida parecia não ser mais do meu tamanho e que era preciso forçar, como quando queremos colocar um sapato um número menor do que o nosso pé. Estava sempre me sentindo sufocada, apertada, pressionada. Parecia que estava espremida.

Foi quando arregacei as mangas. Me joguei sem ter rede nenhuma embaixo para amortecer a queda, caso eu caísse. Fiquei por um fio algumas vezes, mas não caí. E assim, dia após dia, eu luto para me manter em equilíbrio e ser feliz. Com um pouco de medo às vezes, mas sem preguiça nenhuma!

 

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