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Pai bonzinho e mãe brava, em casa é assim

Na minha casa é assim. O pai é o bonzinho. Segundo elas ele quase nunca dá bronca. Ele deixa um monte de coisas que eu não deixo (e olha que eu sou bem permissiva e adoro uma bagunça). De acordo com minha filhas ele é mais legal (elas nunca disseram, mas eu sinto, já que ele é mais solicitado quando o assunto é brincar). Sobrou pra mim o papel de brava. De chata.

Engraçado pensar isso. Logo eu, que me acho uma mãe tão gente boa. Será que eu não sou? Isso tem me incomodado ultimamente. Parei pra me auto-analisar. Percebi que de manhã eu reclamo sim quando elas pegam a última camiseta da gaveta pra vestir e bagunçam todo o resto. Percebi que encho a paciência para que arrumem a cama.

Pensando bem, eu pego sim no pé para comerem de boca fechada. Dou bronca quando interrompem uma conversa minha, insisto para que escovem os dentes direito, pra que aprendam a tomar banho. Notei também que fico de cara feia quando elas bagunçam todos os brinquedos, quando não são educadas entre si ou com outras pessoas, quando não se comportam no cinema, no carro, no parque.

Educar é dose

Isso pra mim se chama EDUCAR: a coisa mais difícil de fazer na vida.  Claro que seria mais fácil deixar as duas fazerem tudo. Claro que eu amaria só beijar e abraçar minhas filhas. Mas eu estou preparando as duas para o mundo. E o mundo não costuma ensinar as coisas de um jeito muito legal. Melhor aprender em casa.

E o Pai?

Meu marido ensina as mesmas coisas. Educa. Mas acho que ele tem um jeito diferente. Mais leve. Sem querer eu peguei pra mim o papel de ser a brava da casa. Talvez por causa do meu gênio, talvez porque minha mãe tenha sido muito brava. Não sei. Mas eu assumo que precisa de pouco pra eu levantar a voz, fechar a cara. Ele dá a bronca e esquece. Eu dou e fico remoendo. Falando. Reclamando. Conclui que estou mesmo errada. Estou sendo brava como elas pensam. E chata.

Pois bem. Hoje acordei e decidi que não quero esse papel. Não que a partir de hoje eu vá relaxar com a educação. Não que minhas filhas vão passar a não ter limites, longe disso. O que vai ter limite é meu jeito de lidar com as coisas. Quero ser a legal também. Como o pai é. Decidi que quero me reinventar num papel onde ainda tenho tanto a aprender. O de mãe. Quem disse que um tem que ser o bonzinho e a outra a brava? Eu pretendo mudar isso.

Ser mãe não é mole, né? Leia mais sobre isso aqui!

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“Pai bonzinho e mãe brava, em casa é assim”

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