Ele é o grande nome do futebol mundial. Era nele em que todos apostavam para o duelo de volta entre Real Madrid e PSG, válido pelas oitavas de final da Champions League. É sobre os ombros dele que está o sonho de todo brasileiro de dizer em junho: “é hexa!”. Mas Neymar é de carne e osso. Como eu, como você, como seu vizinho. E, em um minuto, a vida dele mudou. Pelo menos por hora.
Não sei se a lesão sofrida no último domingo fez o jogador se lembrar dessa fragilidade da vida. Mas, com certeza, fez a gente, torcedores, pararmos pra pensar. Como a vida é doida. Como as coisas mudam num piscar de olhos. Como precisamos viver o momento.
Neymar
Num dia Neymar era o rei. O nome da Copa. No outro discutia-se sua cirurgia. Questionava-se sua presença no mundial. Ver Neymar sair de campo de maca, chorando, me partiu o coração. Mais do que isso. Me fez refletir em como não somos donos do nosso futuro. Podemos nos preparar. Nos cuidar. Fazer planos. E, mesmo assim, numa fração de segundos, tudo pode mudar.
No momento em que me dei conta disso olhei pro lado e vi minhas filhas. Saudáveis. Felizes. Pensei na minha vida. Organizada. Planejada nos mínimos detalhes. Bonitinha. E, de repente, fiquei com medo. Dessas surpresas que podem acontecer. Desses acidentes a que estamos sujeitos. Desse futuro incerto, embora nos esforcemos tanto para que seja certo.
E conclui que não temos outra coisa a fazer a não ser…viver! Viver o hoje. Festejar as mínimas conquistas. Não nos abater diante de derrotas bobas. Decidi continuar saboreando meu vinho as segundas. Cozinhar camarão na terça. Fazer piquenique na quarta. Pular no lago na quinta. Brincar de esconde-esconde da sexta. E assim por diante. Sendo feliz todos os dias da semana. Porque a vida é hoje. É agora. Boa sorte, Neymar!