Mãe
Mãe é bom de qualquer jeito. Não importa se ela é do tipo que topa todas ou se é mais careta. Se é rainha do esconde-esconde ou se é melhor-professora-particular-do-mundo. Se é rígida com a alimentação ou se te dá salgadinho escondido do seu pai. Mãe é maravilhoso por si só, de qualquer jeito. Mas mãe presente é tudo de bom, na minha opinião. Sabe aquela que está sempre lá? Então…
Estou falando das que vêem a filha na platéia durante a apresentação de ballet. Das que levam na festa. Das que ajudam na lição. Estou falando de mãe que assiste desenho junto, que dorme abraçada, que faz cócegas. De mãe que janta do seu lado, falando sobre o dia que acabou. De mãe que toma café com você, falando sobre o dia que está começando.
Nem todas as mães fazem isso. Falta de tempo? Talvez. Mas muitas por falta de vontade mesmo. Não acho nem que seja falta de amor. Acho que é falta de querer mesmo. Quem quer dá um jeito. Se atrasa na reunião. Se maquia no carro. Faz um rabo porque não deu tempo de lavar o cabelo. Quem quer sai antes, dorme menos, corre mais. Quer quer termina o dia exausta, como se rasgasse a fita de chegada de uma prova. Quem quer janta duas vezes, desliga o celular, troca o filme de amor pelo Trolls.
Quem quer não vai no happy hour com as amigas sempre e nem está disponível qualquer hora para falar daquele projeto. Quem quer se vira nos 30, nos 40, nos 50 mas chega pra te buscar na casa da prima. O humor nem sempre é dos melhores, ok, mas o fato é que quem quer está lá, pra você. Te aplaudindo, te beijando, te recebendo com os braços abertos.
O fato é que você é prioridade pra ela. E, sendo assim, tudo fica pra depois.