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Liberdade não tem preço

De tudo que me motivou a mudar para os Estados Unidos o principal foi a liberdade da minha família. Liberdade para sair na rua a qualquer hora do dia. Para andar de carro com o vidro aberto. Para viver sem medo. É isso. Cansei de sentir medo de virar estatística. Mais: cansei de fazer parte de uma geração que blinda os filhos.

Liberdade!

Decidi falar sobre isso depois de ver um material incrível que o UOL fez dia desses. Nele especialistas e pais falam do desafio de criar filhos nos dias de hoje em que temos medo de tudo. “Crianças sem vez” trata do desafio de fazer cidade e infância se reencontrarem em meio a medo paterno e ruas hostis.

Não que os Estados Unidos sejam um paraíso. Não que aqui nada aconteça. Sim, existe o medo de ataques terroristas. De malucos que invadem escolas. E de muitos outros perigos. Mas, no dia-a-dia, somos mais livres. Temos menos medo. E o resultado são crianças sendo…mais crianças!! Correndo na rua, indo de bicicleta para a escola, saindo a noite com os pais sem ficar olhando em volta com medo da moto que parou ao lado.

Num dos primeiros dias em Orlando Maitê, então com 3 anos, disse se referindo ao semáforo: “mãe, aqui pode abrir o vidro quando o carro para!!!”. Naquele momento fiquei triste e feliz. Triste por pensar que no Brasil eu nunca tinha deixado minhas filhas fazerem isso, elas nunca tinham sentido o vento no rosto a não ser nas estradas quando íamos viajar. Tinha medo do que podia acontecer (e já tinha acontecido comigo, algumas vezes, inclusive. Por outro lado fiquei feliz, como se eu as tivesse libertado, tirado da gaiola mesmo.

O material do site UOL retrata bem essa reflexão. E expõe o desafio diário de pais e mães de proporcionar uma infância feliz para os filhos com menos medo.

 

 

 

2 Discussions on
“Liberdade não tem preço”
  • Olá Patricia!
    Dessa vez tenho que discordar de vc. Liberdade tem preço sim! E às vezes o preço é alto: família! Falo por experiência própria, meus filhos se tornaram indiferentes a família que esta longe (por mais tecnologia que exista) não paga o carinho,afeto, preocupação, conselhos e uma simples tarde na casa dos avós. E realmente é assim: amor e carinho a gnt da e recebe , mas as crianças estão em formação e é muito importante esse convívio. Ouvi de meus pais que EU escolhi privar meus filhos da convivência deles, e isso me magoa até hoje, por mais “boa intenção” que eu tenha. E a sensação de liberdade é ilusória: no Brasil podemos sofrer assalto, nos EUA um ataque a qlqr momento Tb, que causa danos tanto mais violentos. No Brasil a violência esta demais, nos EUA por mais bem equipada q a escola seja existem pessoas se tornando monstros, com problemas psicológicos tanto qnto no Brasil… então não me iludo mais, meus filhos estão crescendo, passou-se a fase de princesas e conto de fadas, parques…
    Liberdade tem um preço cruel muitas vezes! A idade chegou para os meus pais, não passei o tempo que gostaria com eles… e eles não conviveram com os netos, pensei na minha familia sim, qndo na vdd eu Tb sou a familia deles… por isso… HOJE, me arrependo da escolha que fiz!
    Abraços…

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