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Filhos nem sempre vão bem na escola. E isso dói.

filhos

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Quando a gente sonha em ter filhos imaginamos tudo. A cor dos cabelos. Dos olhos. A voz. O talento pro futebol, que poderia puxar do pai. O dom pros instrumentos musicais, que seria influência do avô. A desenvoltura, que viria da mãe. Mas eu, pelo menos, nunca tinha pensado em como minhas filhas iriam na escola. Se seriam boas ou más alunas. Se tirariam a matemática de letra. Ou se sofreriam com a redação. Sei lá, mas o ponto que nunca tinha passado pela minha cabeça se tornou meu maior pesadelo de repente.

Filhos e a escola

Maitê está sendo alfabetizada. Tem suas dificuldades, é verdade. Mas como está no equivalente a primeira série do Brasil ela ainda não é submetida a testes muito rigorosos. É quase uma “café com leite”. Já Nina, na terceira série, enfrenta um momento difícil. Tem provas todas as semanas. E briga com a tabuada desde o início do ano. Porque os filhos tem que puxar nossos defeitos? Sim, sou um zero a esquerda em qualquer assunto de exatas.

Enfim, o fato é que Nina não foi bem nos últimos 8 testes. Quer dizer…foi mal mesmo. Tirou nota vermelha. Nos primeiros achei que tudo bem e só chamei a atenção dela. Mas, aos poucos fui percebendo que o problema não era a nota em si, mas o fato de que o assunto não entrava na cabecinha dela. “Eu não entendo”, dizia minha pequena em pânico. Era como se estivesse tendo um dejavu. “Na minha cabeça também não entra, filha”, enquanto minha boca dizia: “entra sim, eu te ajudo, filha. Você só precisa acreditar em você e estudar”.

Filhos e os estudos

No fim de semana o pai se dedicou a estudar com ela. Enquanto Gui perguntava em voz alta: “quanto é 8 x 9?” eu ficava da cozinha rindo, porque algumas dessas respostas eu confundo até hoje. E ela errava também, claro. Mas persistiu. Estudou. Quando chegou minha vez de perguntar os resultados vi que estavam na ponta de língua. Ela estava pronta para a prova, embora os olhos mostrassem pavor.

Um beijo na porta do ônibus escolar e um firme “boa sorte, você consegue” no ouvido pareciam resolver tudo. Mas confesso que quase tive uma úlcera até receber o email da professora dizendo que ela tinha acertado 10 das 12 questões. Ufa! Minha filha tinha conseguido! Fiquei tão orgulhosa que improvisei um cartaz com uma bexiga pendurada e fui buscá-la feliz. A ideia era comemorar e deixar marcado aquele momento. Mostrar pra ela o quanto valorizávamos seu esforço. Que sabíamos que ela podia.

A carinha dela ao me ver foi inesquecível. Saber que tinha vencido o desafio era demais. Ter a certeza de que dávamos valor pra isso era ainda mais especial. E valiam até o mico de me ver com o cartaz e a bexiga na porta da escola.

 

 

 

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