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Elas venceram!!!

Ano passado, nessa mesma época, eu estava apreensiva. Tínhamos mudado há um mês para os Estados Unidos. Minhas filhas estavam começando a frequentar a escola americana sem saber falar quase nada de inglês. Só eu sei o que foi o que passei naquele período. Só eu sei o medo que sentia, as dúvidas que me rondavam, a aflição de colocá-las a prova. Por isso mesmo essa semana é especial. Olhar as duas tão felizes indo pra escola é como comprovar que elas venceram!!!

Agosto de 2015

Agosto de 2016

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lembro do olhar da Nina e da Maitê quando eu me despedia delas nos primeiros dias. Era como se elas dissessem: “você vai deixar a gente aqui, nesse lugar estranho, com pessoas que não entendem o que a gente fala?”. Lágrimas caíam todas as vezes. Elas choravam nas classes e eu no carro. Quase não conseguia dirigir de tanto que ficava mexida. Será que era justo fazer aquilo com duas crianças tão pequenas?

Nessas horas não adianta dizer pra uma mãe que logo eles aprendem, que logo se acostumam. O fato é que saber que seu filho está sofrendo faz com que qualquer pensamento racional desapareça. E a vontade de tirar elas de lá? De “salvar”minhas filhas? Nossa, várias vezes tive que me segurar para não atrapalhar o difícil e penoso processo de adaptação.

O tempo foi passando, elas foram aprendendo e, aos poucos, ir a escola se tornou uma atividade corriqueira, como era no Brasil. Nada de choro ou lamento, pelo contrário. Mas essa semana as coisas mudaram de novo: Maitê mudou de classe (ela foi pro Pre-K, último nível antes do Kindergarten) e Nina mudou de escola (construíram uma mais perto da minha casa e ela foi automaticamente transferida). Meu Deus, será que elas íam sofrer tudo de novo? Será que eu ía aguentar vê-las sofrer de novo? Meu coração ficou dias apertado.

Domingo fiz tudo para que o último dia de férias fosse especial e segunda tentei fazer com que o primeiro dia de aula fosse um dia comum. Mas não era. Elas sabiam e eu também. Mesmo assim eu não disse nada sobre isso pra elas e nem elas pra mim. Seguimos pra escola cantando, como sempre fazemos. A única diferença é que o pai foi junto.

Primeiro deixamos Maitê na mesma escola de antes, mas na classe nova, com novos amigos e nova professora. Ela titubeou na despedida, mas por questão de segundos. Me deu um abraço apertado e sentou com os outros alunos. Ufa. Primeira etapa concluída.

Seguimos para a escola da Nina, que sempre foi mais reticente quando o assunto é novidade, principalmente por ser mais tímida. E, quem diria, a despedida foi tranquila. Sorridente ela disse: “pode ir, mamãe, está tudo bem”. Eu fui. Engolindo o choro. Não de tristeza. De satisfação. De ver que elas venceram! Que orgulho!!!

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